O primeiro Porsche, o 356, ganhou as ruas em 8 de junho de 1948 e foi feito até o ano de 1965, com mais de 75.000 unidades. A receita básica vinha da VW que emprestou o motor de quatro cilindros refrigerado a ar de 1,1 litro ao esportivo, só que com a potência aumentada para 35 cv.
Bastante 'populares', logo ganhou uma legião de fãs no planeta. Um desses fãs é o paulistano Maurício Augusto Marx. A paixão pela Porsche
começou cedo, com cerca de 3 anos, quando ganhou uma miniatura de um modelo 911
do pai colecionava carros clássicos de competição.
Ao completar 18 anos, o pai de Marx pediu que escolhesse um dos modelos de sua coleção de esportivos clássicos que sem pestanejar foi logo no modelo Porsche 356 e, junto a aquisição, a missão de montar por conta própria o seu projeto de reforma.
“Eu já o paquerava desde criança e só em 1998, eu daria a primeira volta no carro. No ano seguinte, com o falecimento do meu pai, eu acabaria assumindo a responsabilidade de cuidar de toda a sua coleção, mas jamais perderia a grande paixão pelo Porsche 356 ”, destaca Marx.
O contexto e a relação entre pai e filho com a Porsche lembram a própria história de Ferdinand Porsche e seu filho Ferry e a paixão pelo 356 é tão grande que Marx o considera como um grande amigo.
“Um dia, quando ia para a minha oficina no interior de São Paulo, vi uma placa, ‘Ferro Velho do Véio Zuza’, e decidi naquele momento que esse seria também o nome carinhoso para o meu raro Porsche 356”.
Em 1998, ele levou o Véio Zuza para participar do primeiro encontro no Porsche Clube , quando despertava a sua efervescência em Interlagos. Desde então, ele se apresentaria também em outras competições, rallies, viagens e exposições.
A mais recente foi de avião, em março, mês de sua fabricação, para comemorar o aniversário de 70 anos do 356
em sua terra natal, na Alemanha. O carro desembarcou em Munique, Marx já saiu ao volante para percorrer uma distância de 2.500 km, passando por Paris, Bruxelas e Essen.
Em meio a alguns imprevistos na viagem como a substituição de algumas peças quebradas, de Essen, seguiram para Gmünd, na Áustria, para visitar o prédio da Reutter, onde ficava a pequena garagem em que a empresa construiu manualmente os primeiros carros.
Ao chegarem finalmente ao Museu da Porsche, em Stuttgart, foram recebidos com uma atenção muito especial por seus representantes. Havia até mesmo um espaço para exibir o modelo logo na entrada do museu durante toda a tarde.
Marx ainda planeja levar o Véio Zuza para “participar de mais corridas e colocar o máximo possível de quilometragens nele, talvez mais uns 10.000 km em eventos e viagens”. É um planejamento, portanto, que não prevê ainda a aposentadoria a curto prazo do velho amigo.