Apesar da recuperação no segundo trimestre, os fracos resultados do início do ano impactaram os números do primeiro semestre, na comparação com o mesmo período de 2021, pelo o que mostra o balanço mensal da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores).
Em junho, a produção chegou a 203,6 mil unidades, superando a marca de 200 mil pela segunda vez no ano, segundo a Anfavea . No acumulado, foram produzidos 1.092 mil automóveis, queda de 5% em relação aos primeiros seis meses do ano passado. No segundo trimestre, houve crescimento de 20% em relação ao primeiro.
A falta de oferta teve reflexo direto no recuo dos licenciamentos . Em junho eles totalizaram 178,1 mil unidades, queda de 4,8% em relação a maio e de 2,4% sobre junho de 2021. Descontado o feriado prolongado de Corpus Christi, a média mensal de vendas se manteve em 8,5 mil unidades, mesmo valor de maio. No acumulado do semestre, a redução foi de 14,5%.
Diante do aumento constante do ticket médio dos automóveis , o que ainda sustenta o mercado são as vendas diretas — voltadas às empresas, que faturam os veículos com descontos — e as exportações. Quanto ao primeiro quesito, em maio, o montante total para o emplacamento de veículos leves foi de 48%, marcando o recorde do semestre na modalidade.
O aumento da participação das vendas diretas se correlaciona com a queda nas vendas a prazo — decorrente das maiores dificuldades impostas pelos bancos para a disponibilização de crédito para o consumidor. Isso, inclusive, sustenta a constante quebra de recordes no levantamento sobre a comercialização de carros mais velhos do que 12 anos — algo que agrava o envelhecimento da frota circulante no Brasil.
Entretanto, destaque positivo são as exportações . Em junho, a produção chegou a 203,6 mil unidades, superando a marca de 200 mil pela segunda vez no ano. No acumulado, foram produzidos 1.092 automóveis, queda de 5% em relação aos primeiros seis meses do ano passado. No segundo trimestre, houve crescimento de 20% em relação ao primeiro.
Com isso, a entidade decidiu rever as perspectivas para o fechamento do ano, com leve crescimento em relação ao ano passado nos indicadores de produção e licenciamento, e com melhora significativa nas exportações .
A falta de oferta teve reflexo direto no recuo dos licenciamentos . Em junho eles totalizaram 178,1 mil unidades, queda de 4,8% em relação a maio e de 2,4% sobre junho de 2021. Descontado o feriado prolongado de Corpus Christi, a média mensal de vendas se manteve em 8,5 mil unidades, mesmo patamar de maio. No acumulado do semestre, a redução foi de 14,5%.
Quanto à geração de empregos , em junho, foram criadas 705 vagas, somando 1.488 desde o início do ano. Ao se considerar as vagas de máquinas autopropulsadas, foram 2.700 novas vagas, que representam cerca de 27 mil empregos diretos e indiretos para a cadeia automotiva.
“A quantidade enorme de lançamentos sustenta o aumento da oferta de empregos no setor. Outro fator importante são os R$ 55 bilhões de investimento em maturação. Não podemos analisar o mercado como um momento. Os investimentos são para prazos mais adiante”, afirma o presidente da Anfavea , Márcio de Lima Leite
“O setor de máquinas contribui muito para esse crescimento. Há sim um cenário de crescimento e, considerando a tendência dos insumos, há bastante otimismo. Quanto mais focarmos na preservação da indústria brasileira — e os investimentos são bastante importantes para isso — mais empregos serão gerados. Para nós, os nossos principais objetivos são justamente esses”, complementa.
Para a produção , a nova expectativa da entidade é de fechar o ano com 2.340 unidades, alta de 4,1% sobre 2021. Para vendas internas, espera-se chegar a 2.140 automóveis licenciados, crescimento de 1%. Já a expectativa para exportação é de 460 mil unidades embarcadas até o fim do ano, alta de 22,2% na comparação com 2021.