Eles sobreviveram ao tempo com as suas origens intocadas. Conheça 10 carros que mantiveram suas linhas praticamente irretocáveis por décadas.
Seu estilo inconfundível data de 1963 quando foi apresentado no Salão de Frankfurt, na Alemanha, com o nome de 901. De linhas simples e elegantes, o 911 logo se tornou um mito e graças à maestria de seus engenheiros, conseguiu evoluir ao logo de meio século de vida, mantendo a clássica linha fastback que o consagrou.
Ela foi fabricada ininterruptamente no Brasil desde 1956 com o mesmo desenho e receita básica que fez dela a van mais popular. Embora robusta e confiável, a idade do projeto e o alto investimento para a instalação dos freios ABS e airbag, obrigatório para os veículos produzidos a partir de 2014, a impediram de ter uma vida mais longa.
Obra de Giorgetto Giugiaro, as linhas quadradas transformou-se em assinatura. Nasceu em 1983 (na Itália) e 1984 (Brasil). Aqui ganhou leves mudanças, mas sempre mantendo o conceito original. Em 2010, a Fiat lançou o novo Uno, uma releitura do antigo que perdurou até 2014, por conta da obrigatoriedade do airbag e ABS.
O primeiro Land Rover (1948) ganhou várias gerações e configurações (Série I, II, IIA, IIB, III, Defender 90, 110, 127), mas mantinha o mesmo estilo quadrado com dobradiças e rebites à mostra, que destacavam valentia que sempre carregou no DNA. Durou até 2015 por conta de razões legislativas, depois de 67 anos ininterruptos. Em 2020, a marca britânica relançava um novo, porém com as as linhas clássicas que remetiam ao projeto original.
Feito em 1948, o 2CV é um automóvel de baixo custo da marca francesa que durou até 1988, cuja produção continuava até 1990 em Portugal. No total, vendeu cinco milhões de unidades nestes 42 anos de existência, sem nenhuma mudança significativa, justamente para não comprometer no baixo custo do modelo.
O “VW” surgiu em 1938 com mecânica simples, barata e robusta. Aqui só veio 1950 e nacionalizado em 1959, durou até 1986, mas voltou em 1993 permanecendo apenas três anos, devido o projeto defasado frente aos novos populares Uno Mille e Corsa. Em 1997, o mundo conhecia o New Beetle, uma releitura do velho Fusca com mecânica do Golf.
Surgida em 1910, a britânica e conservadora Morgan Motor Company sempre produziu carros artesanais cuja estrutura era feita em madeira e o principal: a mesma carroceria clássica com herança herdada do primeiro veículo, o triciclo Runabout de 1909. A evolução viria em 2000 com o Aero 8, mas a carroceria ainda mantinha as linhas básicas.
Ele surgiu através da British Motor Corporation em 1959, em 1968 passou a ser da British Leyland e em 1986 da Rover Group até 2000 com o mesmo estilo que foi considerado um ícone dos anos 60 e o segundo mais influente do século XX, atrás do Ford Modelo T. Neste ano o modelo era totalmente reformulado mantendo as linhas que o consagrou.
Símbolo do regime socialista, o Trabi foi um modelo de produção com baixíssimo custo feito a partir de 1957 pela extinta Alemanha oriental. Com a queda do muro de Berlim que dividia as duas Alemanhas e com uma economia reunificada, em 1989, não fazia mais sentido fazer um carro tão antiquado. Assim, dois anos depois, ele saia de linha.
Montado no Brasil em 1958 como Land Cruiser FJ-251(Série J5) e depois nacionalizado em 1962, foi baseado no modelo asiático cuja produção durou até 2001 devido à inviabilidade de substituição do obsoleto motor Toyota 14B que já não se enquadrava mais nas novas normas de emissões de poluentes.