Eles foram rebeldes e não seguiram os bons e velhos costumes familiares. Conheça 10 carros que fugiram da tradição imposta pelas montadoras.
A ignição dos Porsche 911 vem da tradição da prova das 24 Horas de Le Mans (França), mas o malsucedido 928, além dos “populares” VW Porsche 914, 924, 944 e 968 eram contrários à regra. Curiosidades à parte, hoje qualquer modelo da casa de Stuttgart mantém a partida à esquerda.
O Ferrari FF (Ferrari Four), um misto de hatch e perua para quatro pessoas foi feito entre 2011 e 2016 com motor 6.3 V12 (660 cv). Até aí ok, mas tração 4x4 já foi demais! Era isso que os conversadores jamais desejariam. Para completar, a marca lançou o SUV Ferrari Purosangue 2022!
Aston Martin sempre carregou luxo e esportividade no DNA, e em 2011 deu um tiro no pé ao lançar o subcompacto Cygnet 1.3 de 87 cv, justamente para ganhar pontos no baixo os índices de emissão de gases. Durou até 2013! Um popular? Era o que os puristas jamais queriam!
A Jaguar sempre esteve representada pelos enormes sedãs XJ ou esportivos, e antes dos SUVs abocanhar o mercado, em 2001, a Jaguar quebrou o protocolo ao lançar o “compacto” X-Type. Feito na plataforma Ford CD132, a mesma do Mondeo, teve uma perua, algo incomum à época.
Lançada em 1968, a Ferrari Dino foi uma homenagem ao filho de Enzo, Alfredino, contudo faltava a alma dos V12. Ao invés deste, um “modesto V6” de 2 e 2,4 litros e mais tarde um V8 3.0. Mesmo assim, não foi bem aceito e, para piorar, não trazia o “cavallino rampante” na grade.
Um BMW é lembrado pela grade de duplo rim, só que o pequeno 700 (1959-1965), não tem, pois o motor (boxer de dois cilindros e 697 cc), o mesmo da motocicleta R67, fica na traseira. Ironicamente, foi esse carro que tirou a marca da crise financeira graças as quase 200 mil vendas.
Mantendo a mesma linha básica do projeto original de 1963, o Porsche 911 só mudou em 1997 (996). Abandonou os clássicos faróis redondos pelos herdados do Boxster, o que não agradou aos fãs e aí não teve jeito e a marca teve de “corrigir” isso na geração 997 de 2004.
Todo esportivo com mais de 1500 cc da Subaru possui o tradicional motor boxer montado à frente do eixo dianteiro, só que no BRZ (irmão gêmeo do Toyota GT86) ele foi instalado sobre este deixando o centro de gravidade mais alto, algo incomum para os esportivos da montadora.
A tração traseira é lei em superesportivos e no R8 RWS V10 da Audi vai de contramão com a tração integral “Quattro”. Todos os seus 548 cv são despejados no eixo traseiro contribui para uma pilotagem mais dinâmica e, sendo assim, quem é que se importa com tradições, não é mesmo?
Aqui a sigla GTi virou febre entre os hatches esportivos da VW Gol, Golf e Pointer, e em 1997, pela primeira vez, emprestou à perua Parati com direito a spoiler lateral e o calombo no capô para a acomodação do propulsor com as 16V, porém deixou o mercado em 2000 junto com o irmão.