A carroceria segue exatamente os mesmos moldes do formato do modelo original
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A carroceria segue exatamente os mesmos moldes do formato do modelo original

Quem nunca sonhou em ter um “carro antigo novo”, nunca usado e fabricado recentemente nos mesmos moldes do modelo original? Aqui no Brasil, isso foi possível com o Fusca em 1993, só que, pensando mais além, a empresa norte-americana Golden Star Classic Auto Parts resolveu se especializar na construção de carrocerias da saudosa Kombi.


Além desse novo projeto, a empresa é conhecida por fabricar peças dos Fuscas, e da Kombi T1 e T2 (primeira e segunda gerações), em qualquer versão que o cliente quiser. Partindo para outros modelos, ela também produz qualquer peça para Mustangs, Camaros e caminhões antigos.

Quem estiver interessado, basta procurar a empresa Classic Steel Body em Sandusky, Ohio. De acordo com o site da loja, cada carroceria da Kombi é vendida por 30 mil dólares, o que dá pouco mais de 150 mil reais em uma conversão direta.

Por dentro, a reprodução também segue o formato original em tudo
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Por dentro, a reprodução também segue o formato original em tudo


Embora seja uma quantia elevada, resolvemos fazer uma pesquisa de modelos originais da Kombi para comparar. Como base, optamos pela versão mais valorizada lá fora, a alemã Samba Bus, uma rara configuração que se destaca por ter 21 Janelas. Uma unidade de 1966, por exemplo, está sendo oferecida pela loja Classic Driver ao preço de 131.925 dólares, o que dá quase 678 mil reais.


No Brasil

 Raro exemplar de 1975 vem com para-brisa escamoteável, pintura de dois tons e janelas extras na capota
Renato Bellote
Raro exemplar de 1975 vem com para-brisa escamoteável, pintura de dois tons e janelas extras na capota


Por aqui, o mercado não foge à regra e existem, inclusive, empresas especializadas em exportar as vans brasileiras para qualquer canto do mundo. Em 2021, segundo informações do portal especializado em vendas de antigos Maxicar, uma Kombi brasileira foi leiloada pelo equivalente a R$ 325 mil nos Estados Unidos. 


A Kombi de 1975, último ano do modelo “Corujinha” (apelido dado à frente com vincos em forma de “V” que se assemelham à cabeça da ave), é originalmente da versão de Luxo, mas havia sido convertida à Samba de 23 janelas - nunca fabricada no Brasil. 

Além disso, o site cita que o veículo ganhou teto solar panorâmico, para-brisa basculante e rack no teto, que pode ser acessado por uma escadinha lateral, mas manteve o padrão original, que inclui o motor 1.500, pintura em duas cores e interior branco e cinza.

Já as vendas internas também têm demonstrado que são um negócio da China, ou melhor, do Brasil. Os preços médios costumam variar de R$ 150 a R$ 250 mil, dependendo da versão, sempre considerando o modelo “Corujinha”. Só como exemplo, encontramos uma Kombi de 1959 com as tradicionais e desejadas “setas bananinhas” sendo oferecida por R$ 250 mil.

Um modelo menos valorizado como uma Standard 1975 na cor branco Lótus e 54 mil km, não sai por menos de R$ 195 mil. O exemplar conta com faróis, setas e rodas originais e data do ano de fabricação, tudo como manda o figurino.

Com estes exemplares cada vez mais valorizados nos quatro cantos do mundo, fica a dúvida se, de fato, vale a pena ter um modelo original com o seu “testemunho de época”, ou partir do zero e comprar uma carroceria nos EUA pelo preço pedido de R$ 150 mil e gastar mais uma bela quantia com peças para “montar em casa” a sua Kombi quase que 0km. E temos que lembrar: ainda incidem sobre o preço impostos de importação e outros gastos.


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