Não há maior prazer do que estar a bordo de um conversível, não é verdade? Só que há quem pense que tais carros são caros e que, por isso, é um sonho distante. Nem sempre, meus amigos.
Apesar da supervalorização de alguns modelos mais antigos , com um pouco de paciência e perseverança, é possível começar a “garimpar” os nacionais , que têm preços a partir de R$ 45 mil. Para aqueles que têm um pouquinho a mais para investir, com R$ 70 mil já é possível partir para os importados.
Veja cinco modelos entre nacionais e importados que preparamos para vocês entrarem de cabeça nesse “vento ao ar livre”.
1) Volkswagen Eos - Preço médio: R$ 120 mil
Importado para o Brasil entre 2009 e 2010, ele acabou esbarrando no preço de, na época, salgados R$ 150 mil. No conjunto motriz, o 2.0 turbo com injeção direta de combustível e a transmissão de dupla embreagem e seis marchas entregam bons 200 cv de potência e torque de 28,5 kgfm. A diversão da brincadeira está no sistema de acionamento da capota retrátil transparente com cortina elétrica, que se diferenciava por ter ainda teto solar, tornando-se o primeiro conversível a adotar o recurso. O ineditismo do sistema ainda identifica objetos atrás do carro, evitando assim qualquer dano à lataria na hora de abrir.
2) Fiat 500 Cabrio - Preço médio: R$ 70 mil
Com quase quatro milhões de carros feitos entre 1957 e 1975, não é de estranhar que o Fiat 500 seja um ícone italiano. Em 2007 voltou totalmente novo, mas manteve o visual retrô, incluindo a persiana de pano que corria sobre trilhos até a janela traseira, recurso que era manual no original, mas que se tornou elétrico no modelo indicado.
Curiosamente, quando a capota está totalmente recuada, ao abrir o porta-malas, a mesma sobe um pouco para facilitar na abertura. Por aqui, a importação da versão descapotável só veio em 2012 com motor 1.4 16V de 105 cv e torque de 13,6 kgfm, sempre associado a uma caixa de transmissão automática de seis velocidades.
3) Ford Escort Conversível - Preço médio: R$ 45 mil
Ele surgiu em 1985 e reuniu os esforços da Ford e da Karmann-Ghia para ser produzido. Inicialmente, a capota tinha acionamento manual bem simples, bastando destravar duas presilhas para poder abrir ou fechar. Já na motorização, havia só o motor CHT 1.6 com 83 cv de potência, torque de 12,8 kgfm e câmbio manual de cinco marchas. Mas, em 1990, a capota passou a ter acionamento eletro-hidráulico, além do novo propulsor AP 1.8 de 99 cv e 16 kgfm de torque, motorização possibilitada pela união da VW e Ford. Posteriormente, foi equipado com o AP 2.0 de 116 cv e 17,7 kgfm de torque - mantendo a transmissão manual de cinco marchas - na sua segunda geração, em 1993. Todas as gerações contam com um santantônio que ajudava a proteger a cabeça dos ocupantes em caso de capotamento, mas que tinha como função também o aumento da rigidez torcional, algo que sempre foi um problema em conversíveis antigos.
4) Chevrolet Kadett Conversível - Preço médio: R$ 65 mil
Nenhum processo de produção de um automóvel nacional foi tão complexa como a desse modelo. Parte da frente e assoalho estampado no Brasil eram levados de navio até a Carrozzeria Bertone, na Itália, para a instalação da capota e do restante do conjunto. Somente depois voltava ao Brasil para a instalação de todos os conjuntos mecânicos, como motor, câmbio, suspensão, entre outras partes. O Kadett GSi conversível foi lançado em 1991 e teve capota manual como única opção até 1993, quando a Chevrolet resolveu oferecer também a versão de capota elétrica. Seu sistema de abertura e fechamento é igual ao do XR3 Conversível, bastando liberar duas travas e também conta com o arco de proteção contra capotamento. O motor 2.0 de 121 cv de potência e 17,6 kgfm de torque, associado ao câmbio manual de cinco marchas, durou até 1995, o último ano de produção. Assim como alguns esportivos brasileiros da época, no interior, predominava o belo acabamento em veludo dos bancos e detalhes em vermelho.
5) Peugeot 308 Cabriolet - Preço médio: R$ 110 mil
Sucessor do 307 CC, o 308 chegou importado da França em 2012 com o conhecido motor 1.6 THP turbo, unidade que era acoplada com câmbio automático de seis marchas. São 165 cv de potência e 24,5 kgfm de torque, um conjunto bem melhor do que o 2.0 de 143 cv de potência e 20 kgfm de torque do seu antecessor, que também tinha uma problemática transmissão de quatro marchas.
O sistema de acionamento elétrico do teto de metal é feito por meio de um botão, e todo o movimento é acompanhado através de uma figura do conversível através de uma tela central, com a frase “Manobra do teto terminada”.