A Ferrari é provavelmente a equipe mais famosa da Fórmula 1 , mesmo sem vencer um mundial desde 2008, quando foi campeã de construtores. O piloto monegasco Charles Leclerc irá usar a popularidade da escuderia para arrecadar fundos para a população da cidade de Ímola , na Itália, afetada por fortes chuvas no mês de maio.
A região, que abriga a sede da Ferrari e da Alpha Tauri , além do circuito Enzo e Dino Ferrari , deveria receber o Grande Prêmio da Emília-Romanha no dia 21 de Maio, mas a corrida foi cancelada por conta das fortes chuvas e consequentes inundações.
Leclerc não será o único a fazer algo para ajudar na recuperação dos afetados, o piloto japonês Yuki Tsunoda auxiliou na limpeza da cidade de Faenza , sede da Alpha Tauri.
Os itens doados por Leclerc foram utilizados no Grande Prêmio de Mônaco , realizado no dia 28 de maio. O retrospecto do piloto na sua corrida em casa não é favorável. Apesar de ter feito o terceiro melhor tempo na classificatória, Leclerc largou no sexto posto e terminou a corrida na mesma posição.
O leilão será realizado pela casa RM Sotheby’s , e está programado para acontecer entre os dias 2 e 6 de junho . Serão quatro lotes disponíveis , que irão oferecer luvas, calçados, macacão e roupas anti-chamas, e o capacete, todos utilizados durante a corrida. Até o momento, a casa de leilões não divulgou os valores mínimos das peças .
Durante o Grande Prêmio, o piloto utilizou todo seu equipamento com um esquema de cores diferenciado do habitual. O tradicional vermelho da Ferrari foi trocado pelo branco com vermelho, em alusão às cores da bandeira de Mônaco .
O capacete também é especial para Leclerc , e o desenho é inspirado no capacete que seu pai, Herve Leclerc , utilizava nos tempos em que corria no principado. O pai do piloto faleceu em 2017, e desde então, o atual número 16 da Ferrari sempre presta homenagem no seu grande prêmio doméstico.
As chuvas de maio causaram a maior inundação registrada na Itália nos últimos 100 anos
e atingiram cerca de 20 mil pessoas que tiveram que deixar suas casas. Além de Leclerc e Tsunoda, a Fórmula 1
e a Ferrari
doaram 1 milhão de Euros (R$ 5,4 milhões) cada para ajudar a região a se recuperar.