As polêmicas de Elon Musk vão além do Twitter. Agora, depois de vários escândalos, o homem mais rico do mundo enfrenta outra acusação relacionada à uma empresa do seu grupo. De acordo com reportagem da agência Reuters, a Tesla estaria adulterando a estimativa de alcance dos seus carros elétricos para expandir a autonomia projetada.
Um dos argumentos de vendas mais fortes de determinados modelos elétricos é a autonomia projetada, afinal, ninguém quer ficar na rua com baterias arriadas.
Em um estudo da SAE International (Sociedade dos Engenheiros da Mobilidade, instituição que também existe no Brasil), os veículos elétricos costumam ter uma queda de autonomia de 12,5% em percursos rodoviários, número que, nos Teslas, passa a ser de 26%. Na cidade, os carros a bateria têm alcance maior, uma vez que as frenagens - as grandes responsáveis pela recarga em movimento - trabalham menos.
A agência conseguiu falar com um engenheiro de software que, sob anonimato, afirmou que a marca criou um código que mostra o alcance divulgado apenas quando o carro está totalmente carregado. Assim que atinge 50% da carga, os Teslas começam a exibir uma projeção de autonomia mais acurada, número que cai mais rapidamente assim que exibe cerca de 25 quilômetros.
Caso algum proprietário notasse a inconsistência, os técnicos das concessionárias Tesla tinham a tarefa de desviar o foco fingindo que verificaram o sistema do carro e que não encontraram nenhum problema. Um time interno inteiro estaria dedicado ao processo de fraude.