A Renault está adaptando a fábrica de São José dos Pinhais, Paraná, para fazer carros sobre a plataforma modular CMF-B (common module family). Pouco maior do que a arquitetura usada no Kwid , a base vai ser usada para lançar o primeiro carro híbrido da marca, modelo que também vai se destacar por ser flex.
"É uma plataforma moderna da Renault que permite ter veículos térmicos e também eletrificados. A gente está trabalhando nesse projeto agora e nos preparando para o futuro", afirma Ricardo Gondo, presidente da Renault do Brasil.
Ainda não foi anunciado oficialmente o carro que vai estrear essa nova motorização. Sabemos que o próximo Renault nacional é o SUV derivado do Sandero Stepway europeu, modelo feito sobre a base CMF-B - a produção pré-serie já foi iniciada em São José dos Pinhais . Por ora, sabemos que o novo SUV nacional terá motor 1.0 turbo, no entanto, ainda pode haver espaço para uma opção flex mais cara e potente.
Não se trata de um híbrido leve, aqueles que possuem um gerador elétrico no lugar de um alternador normal. Na verdade, é um híbrido convencional da mesma maneira que os Toyotas Corolla e Corolla Cross .
Na Europa, há vários carros derivados desta arquitetura que poderiam ser nacionalizados. Entre eles, o SUV cupê Arkana ou o próprio Captur de nova geração, lembrando que o modelo brasileiro não fez muito sucesso e será descontinuado em breve. Mas o mais provável é que a tecnologia esteja presente no novo Duster, modelo que será fabricado aqui a partir de 2025 .
De acordo com o Mobiauto , o propulsor deve ser o mesmo 1.6 16V da linha E-Tech europeia. Por lá, ele gera 91 cv e 14,7 kgfm, números baixos para a litragem, mas que recebem o auxílio de um motor elétrico de 69 cv e 20,9 kgfm. A potência combinada é de 143 cv a gasolina, cavalaria que deve ser maior com o sistema flex.