A primeira aparição de uma motocicleta com o nome Hornet aconteceu em 1996, quando a Honda lançou a CB250 Hornet , de produção exclusiva para o mercado japonês. Seu sucesso foi tão grande, que a Honda decidiu produzir mais duas Hornet: com motores de 600 e 900cc .
No fim de 2004, a Hornet fez sua primeira aparição no Brasil. Oficialmente chamada de CB600F , a naked pode ser considerada uma motocicleta histórica , já que até hoje ainda é bem querida pelos amantes das duas rodas.
A naked trazia o motor da superesportiva CBR 600F , um pouco mais civilizado, mas não deixava a desejar. Os 96,5 cv de potência máxima eram suficientes para superar os 200 km/h e o escapamento 4x1 , com a ponteira cromada em posição elevada, marcaram época. O design também se destacava por conta do ângulo do assento , principalmente da posição elevada para o garupa.
A facilidade de pilotagem da Hornet sempre foi elogiada. Apesar de muito potente, a moto sempre foi considerada “na mão” e uma ótima opção para trafegar na cidade ou em estradas.
Um de seus trunfos era o quadro de alumínio , que ajudava a fazer a Hornet ser mais leve que as rivais de época, e, consequentemente, ter melhor desempenho e ser mais “dócil”. Além de mais leve que suas concorrentes - a Suzuki Bandit 650F é um bom exemplo -, a Hornet era a mais potente da categoria e tinha preço um pouco acima das rivais .
Com apenas quatro anos de mercado, a Honda introduziu a segunda geração da Hornet no mercado brasileiro. O visual era completamente novo e deixava o farol redondo para trás, ficando com mais estilo de streetfighter e o escape posicionado mais abaixo.
As melhorias também foram ciclísticas e mecânicas. O chassi continuava sendo de alumínio e ficou 5 kg mais leve . O motor trocou os carburadores pela injeção eletrônica e alcançava 105 cv de potência . Por sua vez, a suspensão ganhou garfos invertidos , o que a diferenciou ainda mais das rivais.
As linhas mais agressivas se mostraram um sucesso e a Hornet seguia superando suas rivais nas vendas, sendo cada vez mais amada pelos motociclistas.
A terceira geração da Hornet chegou em 2011, mas, dessa vez, a Honda apostou no clássico “em time que está ganhando não se mexe”, pelo menos na mecânica. As mudanças para a última geração da Hornet por aqui se resumiram a detalhes da carenagem, uma nova rabeta com iluminação em LED e novo desenho dianteiro. O farol continuou com formato similar, mas a parte frontal precisou ser retrabalhada , já que o painel de instrumentos passou a ser digital.
Segundo a Honda, nos 10 anos de comercialização e fabricação no Brasil , foram vendidos 47.832 exemplares da Hornet . Até hoje, entusiastas da marca adoram a moto, o que faz com que seu valor esteja elevado no mercado de usadas e a alce ao status de neo-colecionável .
Entretanto, nem tudo são flores. Por conta do desempenho digno de esportivas maiores, as chamadas de streetfighter, a Hornet sempre foi muito visada por ladrões , seja para ser furtada ou utilizada em roubos.
A Hornet ainda existe, mas longe do Brasil. O nome também é muito famoso na Europa e existe até hoje. Por lá, o motor é um bicilíndrico de 755 cc de 91 cv e 7,85 kgfm de torque, com preço de 7.950 Euros (R$ 41.677).
No velho continente, a Hornet é mais acessível que a CB 650R Neo Sports Café , que custa R$ 51.100 e traz motor quatro cilindros de 88,4 cv e torque de 6,13 kgfm , mas nunca atingiu o mesmo patamar da Hornet em termos de vendas.
Por aqui, não tivemos nenhuma sucessora oficial da CB 600F Hornet . O estilo Naked da Hornet está presente na atual geração da CB 300F Twister e na CB 500F , mas a potência não chega nem perto dos 101 cv da lenda dos anos 2000 .