No início deste mês de maio, a Renault suspendeu a produção em sua fábrica de São José dos Pinhais (PR) devido a uma greve por discordância nos valores do programa de Participação nos Lucros e Resultados 2024 (PLR). A paralisação já resultou na não produção de 10.511 veículos. O impasse persiste após 18 dias de greve, sem solução até a última sexta-feira (24), conforme informações do site Auto Indústria.
Para se ter uma ideia, a fábrica da Renault no Paraná é considerada a mais importante da montadora, sendo responsável por mais de 60% da produção nacional de veículos, incluindo os modelos Kardian, Oroch, Duster, Kwid e Master. Somente em abril, essa planta registrou 13.364 emplacamentos desses modelos.
A montadora está propondo o valor da PLR de R$ 25 mil, e argumenta ser o mais alto entre todas as montadoras do país, enquanto o sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba reivindica reajuste salarial, vale mercado, melhores condições de trabalho e aumento do PLR para R$ 30 mil, além da abertura de 300 novos postos de trabalho.
O PLR é um benefício pago pela empresa aos empregados, sendo uma porcentagem calculada com base na lucratividade da empresa.
A Renault declara estar aberta às negociações, mas aguarda o retorno ao trabalho considerando a ilegalidade da greve, conforme decisão do TRT da 9ª região. O sindicato remarcou a assembleia para segunda-feira (27), após tê-la marcado para quinta-feira (23) anteriormente.
O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos (SP) confirmou o acerto do PLR de R$ 19 mil com a General Motors (GM), bem como com outras empresas do ABC paulista, sem especificar os valores.
Diariamente são feitos 800 veículos na fábrica pelos 3.500 funcionários de produção. Ainda há 1.500 trabalhadores na parte administrativa, totalizando 5 mil funcionários no total.