O Cybertruck , picape elétrica da Tesla , chama a atenção não só por conta do seu visual retilíneo, mas também por conta de sua carroceria em aço inoxidável. Segundo Elon Musk , responsável pela fabricante, o carro é até à prova de balas , mas isso pode apresentar grandes perigos para os ocupantes ou terceiros em caso de acidentes .
Quando um objeto está em movimento, ele possui energia cinética, que é o que o faz se movimentar. Quando o carro desacelera, os freios são os responsáveis por reduzir essa energia cinética, nos carros elétricos, eles até transformam essa energia dissipada dos freios em energia armazenada para bateria .
No caso de uma parada repentina, como é o caso de uma colisão, por exemplo, essa energia precisa ser dissipada, e isso acontece nas peças do carro, que absorvem essa energia cinética.
“A energia é dissipada na batida, sendo absorvida pelas peças. Então, quando a gente vê os carros amassando, quebrando, isso é para impedir que as pessoas que estão no veículo sejam atingidas”, declarou a professora de Física do Instituto de Tecnologia Aeronáutica (ITA), Sônia Guimarães, ao G1.
Atualmente, os carros são projetados para dissipar essa energia e contam até com deformações programadas em caso de acidente, visando justamente preservar a integridade dos ocupantes.
O modelo ainda não foi testado pelo National Highway Traffic Safety Administration ( NHTSA ), que determina o índice de segurança dos carros nos Estados Unidos, nem pelo Euro NCAP , que faz a função na Europa.
Até o momento, o Cybertruck já passou por um recall relacionado à segurança. Na ocasião, um acabamento no acelerador poderia se soltar e fazer o carro acelerar de forma descontrolada.
No caso do Cybertruck , o modelo consegue sim amassar em caso de colisão, por exemplo. Além disso, a picape consegue resistir a garrafas de vidro, por exemplo, balas de 9mm e até pesos de academia , entretanto, ainda falta a avaliação de instituições especializadas em segurança e como o modelo e eventuais vítimas, irão se comportar em acidentes. Recentemente, nos Estados Unidos, um cliente teve o dedo cortado pela carroceria do carro ao passar a o dedo no espaço entre as peças .