Com a água já mais baixa no Rio Grande do Sul após a catástrofe climática que atingiu o estado desde o dia 29 de abril, os destroços começam a aparecer, e cerca de 5 mil veículos de 30 mil seguradoras já foram resgatados para em breve serem revendidos com sinistro em leilões.
Desta forma, alguns desses carros ainda podem voltar à circulação, dependendo de vários fatores. Com os veículos indo aos leilões, seguradoras diminuirão suas perdas e, consequentemente, evitando que os consumidores paguem valores exorbitantes em apólices de seguros.
De acordo com a consultoria Bright Consulting, os alagamentos afetaram mais de 200 mil veículos, causando um prejuízo estimado em cerca de R$ 8 bilhões. Os veículos são classificados de acordo com o nível de dano: "pequena monta", "média monta" e "grande monta", conforme a Copart, plataforma de leilão extrajudicial.
- Pequena monta: Veículos que sofreram danos em peças externas, mecânicas ou estruturais, mas que podem voltar a circular após substituição ou recuperação das peças, sem registro de sinistro no Certificado de Registro de Veículo (CRV).
- Média monta: Veículos com danos maiores na estrutura e mecânica, que poderão voltar a circular após reparos, precisará ter inspeção e aprovação do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia), e obtenção do Certificado de Segurança Veicular (CSV). O documento do veículo (CRV) será atualizado para "sinistro recuperado".
- Grande monta: Veículos com danos severos que os tornam irrecuperáveis, classificados como sucata e sem direito à regularização do documento.
Após a inspeção dos órgãos reguladores e das seguradoras, os veículos classificados como "pequena monta" e "média monta" serão levados a leilões. No caso das enchentes no Rio Grande do Sul, esses leilões devem começar no próximo mês de julho.