A Austrália do Sul está prestes a implementar uma nova medida a partir de dezembro deste ano, exigindo que motoristas de supercarros obtenham uma licença especial. A iniciativa ocrreu após a morte de uma jovem de 15 anos, visando aumentar a segurança nas estradas e diminuir o número de acidentes envolvendo veículos de alta potência (UHPV).
Para obter essa licença, os motoristas precisarão passar por um curso de treinamento online seguido de um teste. O curso se concentrará em explicar as funções dos sistemas de segurança ativa dos veículos. Aqueles que dirigirem sem a licença adequada estarão sujeitos a uma multa de 2.500 dólares australianos (cerca de R$ 9.200) e, em caso de reincidência, poderão enfrentar até um ano de prisão.
A Austrália é conhecida por suas estradas relativamente seguras. No entanto, o governo da Austrália do Sul decidiu tomar medidas adicionais após um acidente fatal em 2019, quando uma garota de 15 anos foi atingida por uma Lamborghini Huracan com o controle de estabilidade desativado.
No Brasil, os acidentes envolvendo supercarros também são um problema. O exemplo mais recente e polêmico ocorreu em 31 de março deste ano, quando Fernando Sastre de Andrade Filho , de 24 anos, dirigindo um Porsche 911 Carrera GTS a 156 km/h, colidiu com um Renault Sandero na Zona Leste de São Paulo, resultando na morte de um motorista de aplicativo.
A nova licença australiana, chamada de U-License , será necessária para qualquer veículo com uma relação peso-potência superior a 375 cv por mil quilos. Além disso, motoristas que desativarem sistemas de segurança como controle de estabilidade e tração enfrentarão uma multa de 5.000 dólares australianos (aproximadamente R$ 18.400).
O custo para obter a U-License será de 51 dólares australianos (cerca de R$ 188). A medida é uma tentativa de garantir que apenas motoristas devidamente treinados e conscientes das capacidades e limitações de seus veículos possam conduzir supercarros nas estradas australianas.