Os veículos micro-híbridos , também conhecidos como híbridos leves ou MHEV (Mild Hybrid Electric Vehicle), representam o primeiro nível de eletrificação automotiva. A Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) adotou recentemente o termo "micro-híbrido" para classificar esses veículos, seguindo a nomenclatura utilizada pelo Departamento de Energia dos Estados Unidos .
Funcionamento do sistema micro-híbrido
O sistema micro-híbrido utiliza um pequeno gerador elétrico que atua como alternador. Este componente carrega uma bateria auxiliar, geralmente de 12 ou 48 volts, que fornece assistência momentânea ao motor a combustão.
A tecnologia proporciona um leve aumento de potência e torque em situações específicas, como ultrapassagens e retomadas. Isso reduz o esforço do motor convencional, contribuindo para a diminuição do consumo de combustível e das emissões.
A bateria do micro-híbrido também é responsável por dar partida no motor, manter velocidades de cruzeiro e acionar sistemas elétricos secundários. Devido ao seu tamanho reduzido, a bateria não impacta significativamente o peso do veículo.
Comparação com outros sistemas híbridos
Diferentemente dos híbridos plenos (HEV) e híbridos plug-in (PHEV), os micro-híbridos não podem operar exclusivamente com energia elétrica. Seu conjunto elétrico sempre atua em conjunto com o motor a combustão.
Os híbridos plenos utilizam baterias maiores que permitem percorrer curtas distâncias apenas com eletricidade. Já os híbridos plug-in possuem baterias ainda maiores, possibilitando autonomias elétricas mais extensas.
Eficiência e vantagens
Embora os micro-híbridos não apresentem consumos tão expressivos quanto os híbridos plenos, eles oferecem uma redução no consumo de combustível e nas emissões sem exigir grandes investimentos por parte das montadoras.
Esta característica permite que as fabricantes ofereçam modelos mais econômicos sem elevar significativamente o preço final. A Stellantis, por exemplo, planeja lançar carros nacionais com essa tecnologia ainda em 2024.
Modelos como o Kia Sportage e o Audi A3 Sportback, nas versões mais recentes, já contam com sistema micro-híbrido. Segundo a ABVE, a tencologia é responsável por 8% das vendas de eletrificados no Brasil
Com a implementação de leis mais rigorosas sobre consumo e emissões, espera-se um aumento na presença de veículos micro-híbridos nas ruas brasileiras nos próximos anos, oferecendo uma opção intermediária entre os veículos convencionais e os híbridos mais avançados.