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A economia de combustível é uma preocupação constante para os motoristas. Contudo, um fator muitas vezes ignorado pode fazer toda a diferença: a escolha do óleo lubrificante. Utilizar o produto correto, de acordo com as especificações recomendadas pelo fabricante, garante um funcionamento mais eficiente do motor e pode resultar em um consumo reduzido de combustível.
Denilson Barbosa, gerente de qualidade da YPF Brasil, afirma que a relação entre o óleo lubrificante e a economia de combustível é direta. “Utilizar o óleo correto, dentro das especificações do fabricante, proporciona ao motor a redução do atrito entre as peças do motor, potencializando sua eficiência. Com isso há menor resistência interna e um consumo de combustível mais otimizado”, explica.
Além da escolha correta, a troca de óleo no prazo correto influencia diretamente nesse processo. O uso prolongado de um lubrificante pode comprometer a lubrificação do motor, reduzindo sua vida útil e elevando o consumo do etanol ou gasolina.
Economia e desempenho
A viscosidade do óleo lubrificante é um dos fatores mais determinantes para melhorar a economia de combustível. Quanto mais precisa for a lubrificação, menor será o atrito entre os componentes do motor. “Se a viscosidade não estiver correta, o motor pode enfrentar dificuldades na lubrificação, o que prejudica o desempenho e aumenta o consumo de combustível”, alerta Barbosa.
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A tendência no mercado é a utilização de óleos sintéticos com viscosidade mais baixa, pois esses produtos contêm aditivos específicos que favorecem a economia de combustível. Contudo, Barbosa alerta sobre os riscos dessa escolha. “Embora os óleos sintéticos ofereçam vantagens nos rótulos, é fundamental respeitar a especificação indicada no manual do carro para garantir os melhores resultados e não comprometer o motor, que é preparado para receber lubrificantes com determinadas combinações químicas”, afirma.
Como fazer a escolha certa?
Denilson destaca que, independentemente da quilometragem ou do tipo de trajeto, seja urbano ou em rodovias, o óleo indicado no manual do veículo foi desenvolvido levando em consideração ambas as situações.
Segundo o especialista, existe um mito de que motores mais rodados precisam de óleos com maior viscosidade, mas isso não é verdade. “O ideal é sempre seguir a especificação recomendada pelo fabricante. O motorista fazendo essa ‘lição de casa’ terá um motor saudável e a economia de combustível”, finaliza.