
Durante os meses mais frios do ano, um comportamento comum — e perigoso — entre os gatos chama a atenção: eles procuram abrigo dentro ou embaixo de carros .
A cena, que pode parecer até inofensiva à primeira vista — e por vezes fofinha — esconde sérios riscos tanto para os animais quanto para os motoristas.
O Portal iG Carros conversou com a médica veterinária Fernanda Kerr para saber mais sobre esse hábito dos felinos.
Mas por que os gatos fazem isso?
Segundo a especialista, os gatos são animais extremamente curiosos e, ao mesmo tempo, buscam conforto e calor.
“Por isso é tão comum que os gatos entrem nos carros ou mesmo se escondam nos pneus ou, pior, dentro do motor, que é um lugar bem quentinho”, explicou.
O problema é que esse “refúgio” pode se transformar em uma armadilha. Os riscos para os gatos são bem sérios:

“Além de sofrerem queimaduras, dependendo da temperatura do motor, eles podem ser atropelados ou ainda ficarem presos em locais que não consigam sair, e serem levados para longe de suas casas”, diz a médica veterinária.
Como afastar os gatos de forma segura?
Evitar esse comportamento dos felinos não é uma tarefa simples, por eles serem extremamente ágeis e discretos. Em poucos segundos, os bichanos podem se esconder e passarem despercebidos.
Porém, algumas atitudes simples podem ajudar a protegê-los, como detalhou Fernanda Kerr:
- Sempre verifique as rodas e o capô antes de ligar o carro.
- Dê a partida e aguarde alguns segundos antes de sair com o veículo. O barulho do motor pode ser o alerta que o gato precisa para fugir em segurança.
- Mantenha portas e janelas fechadas quando o carro estiver estacionado.
E se você encontrar um gato abrigado no carro?
A primeira coisa é manter a calma. Observe se o animal está bem e se tem algum machucado. Se for um gato conhecido, basta abrir a porta com cuidado e deixá-lo sair.

Em alguns casos, pode ser necessário dar um leve toque ou chamar o bichano para acordá-lo — eles dormem profundamente nesses esconderijos aconchegantes.
Se o gato for desconhecido, se aproxime devagar, veja se é dócil e verifique se ele tem coleira ou plaquinha de identificação.
“Na maioria dos casos, basta abrir a porta e deixar o gato sair espontaneamente. Geralmente ele reside próximo, portanto, voltará sozinho para casa", afirma a entrevistada.
Conscientização e cuidado
Embora existam poucas campanhas específicas para conscientização sobre o tema, esse alerta costuma vir de ONGs, feiras de adoção, veterinários e tutores experientes.
“Todo tutor deve se informar para cuidar da saúde e bem estar de seu animalzinho”, finaliza Fernanda Kerr ao iG .
Se você conhece alguém que pode ter dúvidas sobre como agir em casos como esse, não deixe de compartilhar essas dicas.