
A fabricante chinesa CATL se tornou a primeira empresa no setor automotivo a certificar uma bateria conforme a nova regulamentação de segurança “Sem Fogo, Sem Explosão”.
O anúncio foi feito em 29 de abril, mais de um ano antes da entrada em vigor da norma nacional obrigatória, prevista para 1º de julho de 2026.
A regra, publicada oficialmente em 28 de março, exige que baterias para veículos elétricos sejam capazes de evitar incêndios ou explosões mesmo após episódios de descontrole térmico.
Entre as exigências, está a contenção de gases e fumaça gerada, que não deve comprometer a segurança dos ocupantes.
A CATL confirmou que tanto células individuais quanto conjuntos completos da bateria foram submetidos aos testes da nova norma.
O relatório de conformidade foi emitido pelo China Automotive Technology and Research Center (CATARC), órgão técnico responsável também pelas avaliações do programa de segurança veicular C-NCAP.
Testes envolvem impacto, calor e sobrecarga
A certificação exigiu a realização de dois procedimentos principais. O primeiro consiste em um teste de impacto no fundo do módulo, simulando colisões.
O segundo exige que a bateria complete 300 ciclos de recarga rápida e, em seguida, resista a um curto-circuito sem gerar fogo ou explosão.
A bateria inspecionada foi o modelo Qilin, lançada em 2022 como terceira geração da arquitetura cell-to-pack (CTP) desenvolvida pela fabricante.
Segundo dados da empresa, o componente apresenta densidade energética de até 255 Wh/kg e taxa de aproveitamento de volume de 72%.
A estrutura inclui reforços para contenção de calor e dissipação controlada de energia em eventos críticos.
Mais de 18 milhões de veículos utilizam atualmente baterias produzidas pela CATL. O modelo Qilin equipa automóveis de marcas como Aito, Zeekr, Li Auto, Xiaomi, Neta, Avatr e Lotus.