
Comprar veículo exige mais do que decidir entre “seminovo” ou “usado”. Cada categoria carrega implicações concretas em valor de mercado, condição mecânica e cobertura legal.
Critérios mais objetivos ajudam o consumidor a escolher com segurança. O Portal iG vai explicar para você como diferenciar.
O que define cada categoria
Especialistas do setor usam três parâmetros principais: idade, quilometragem e histórico de uso.
Carro seminovo costuma ter até três anos de fabricação, rodagem anual abaixo de 15 a 20 mil km e, preferencialmente, um único dono.
Associações como Fenauto consideram até três anos de uso e até 30.000 km rodados como padrão.
Carro usado ultrapassa três anos e geralmente acumula quilometragem superior a 60 mil km ou tem múltiplos proprietários, histórico de manutenção incerto e sinais visíveis de desgaste.
Apesar de critérios comuns, não existe norma legal nacional que regulamente essas categorias: definição depende do mercado, da rádio do revendedor e da condição do veículo.
O impacto na desvalorização
Dados de fontes do setor e economia automotiva reforçam diferenças objetivas nas trajetórias dessas categorias.
Veículo no primeiro ano sofre desvalorização de até 20%; no segundo ano adicional de 10 a 15%; entre o terceiro e quinto, de 7–10% ao ano .
Entenda mais abaixo:
Critérios | Seminovo | Usado |
Idade | Até 3 anos | Mais de 3 anos |
Quilometragem | Até 15–30 mil km/ano | Geralmente acima de 60 mil km |
Proprietários | Normalmente 1 | Vários |
Desvalorização | 7–20 % ao ano | 7–10 % ao ano após 3 anos |
Garantia legal/fábrica | Pode ter garantia original | Garantia legal de 90 dias |
Outros fatores relevantes
Documento e procedência: veiculo usado exige vistoria e checagem minuciosa de documentação, multas e histórico.
Manutenção: seminovos tendem a exibir histórico de revisões em concessionária; usados podem apresentar lacunas ou uso de peças não originais.
Mercado e reputação: certos modelos depreciam menos; os dados da Tabela FIPE são referência para verificar preço de mercado.
Por fim...
Se objetivo for preservar valor e ter menos riscos mecânicos, escolher veículo com até três anos, rodagem controlada e histórico documentado de manutenção reduz incertezas.
Já veículo mais antigo pode oferecer bom custo-benefício, desde que acompanhado de avaliação técnica profunda, laudo de vistoria, checagem documental e inspeção detalhada.
No fim, clareza nos critérios elimina surpresas e tornam as negociações mais favoráveis com dados concretos.