Ford Mustang Mach-E roda 400 mil km em 3 anos e mantém 92% da bateria
Divulgação/Ford
Ford Mustang Mach-E roda 400 mil km em 3 anos e mantém 92% da bateria

O Ford Mustang Mach-E de David Blenkle atingiu a marca de 400 mil quilômetros rodados em três anos nos Estados Unidos.

Mesmo com uso intenso em transporte por aplicativo, o carro mantém 92% da capacidade original da bateria, o que desafia percepções sobre a durabilidade da batéria dos veículos elétricos.

A performance do modelo, comprado em 2022, vem chamando atenção pelo baixo custo de operação e resistência mecânica.

Blenkle relata que optou pelo Mach-E devido a vantagens como manutenção reduzida, economia de combustível e tempo de atividade superior em comparação a carros a combustão.

A distância percorrida equivale a uma viagem de ida e volta entre a Terra e a Lua.

Eficiência e economia no uso diário

Segundo cálculos de Blenkle, que realiza em média 370 quilômetros por dia, a escolha do veículo proporcionou uma economia de mais de US$ 8.700 (R$ 48 mil na cotação atual) em combustível, valor que pode aumentar com recarga fora do horário de pico.

A maior parte do carregamento é feita em casa, com um carregador residencial programado para horários de tarifa reduzida.

Blenkle também limita o carregamento diário a 90% da capacidade, prática recomendada por fabricantes para preservar a saúde da bateria ao longo do tempo.

Nos dias de maior demanda, Blenkle recorre a estações de carregamento rápido em corrente contínua (DC).

Apesar do uso intensivo, as pastilhas de freio do veículo ainda são as originais, devido ao sistema de frenagem regenerativa, que também contribui para a eficiência energética.

O motorista afirma passar até 12 horas por dia na estrada. Para enfrentar jornadas longas, utiliza o sistema BlueCruise 3 de direção sem as mãos em rodovias, o que ajuda a reduzir o cansaço e aumentar o conforto nas viagens.

Garantia superada e manutenção mínima

A garantia de fábrica da Ford para o Mach-E cobre a bateria e o sistema de propulsão elétrica por até 160 mil quilômetros ou oito anos.

O veículo de Blenkle, no entanto, já ultrapassou essa quilometragem sem apresentar falhas graves.

Ele segue o cronograma oficial de revisões, com rodízio de pneus, trocas de filtro de cabine e inspeções regulares feitas em concessionária autorizada.

O engenheiro-chefe de produto da Ford, Matthew Gabrielli, validou os números e considera o caso uma evidência da durabilidade dos veículos elétricos modernos.

Segundo ele, o uso intensivo como transporte por aplicativo serve como teste extremo da confiabilidade do sistema de propulsão elétrica.

Além do serviço comercial, Blenkle oferece transporte gratuito a veteranos militares e suas famílias para consultas médicas e funerais em cemitérios nacionais.

A iniciativa, segundo ele, é uma forma de retribuir os cuidados recebidos por seu avô, veterano da Segunda Guerra Mundial.

Outros casos reforçam durabilidade dos elétricos

O Mach-E de Blenkle não é um caso isolado. Modelos como o Hyundai IONIQ 5, com 580 mil quilômetros e 87% da bateria intacta, e Teslas usados em transporte compartilhado com odômetros na casa dos seis dígitos também ajudam a reforçar a tese de que carros elétricos podem oferecer vida útil longa, mesmo sob condições exigentes.

Apesar disso, a resistência de parte dos consumidores em relação aos veículos elétricos persiste.

Especialistas apontam que exemplos como o de Blenkle são importantes para desconstruir mitos sobre autonomia, degradação da bateria e confiabilidade de longo prazo.

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