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O corte de R$ 43,3 milhões no orçamento federal para 2025 levou à desativação de radares em rodovias federais a partir agosto.

Segundo a Senatran, a medida afeta diretamente o Programa Nacional de Controle Eletrônico de Velocidade (PNCV) e pode aumentar em até 10% o número de acidentes graves nos próximos três meses.

Onde os radares estão sendo desligados:

  • BR-101 (trechos no Espírito Santo e Bahia)
  • BR-116 (Minas Gerais e Rio de Janeiro)
  • BR-040 (Distrito Federal e Minas Gerais)

Por que isso importa

Segundo o Ipea, acidentes de trânsito custam ao país cerca de R$ 22,6 bilhões por ano, incluindo gastos médicos, previdenciários e perdas de produtividade.

Estudos apontam que a fiscalização eletrônica reduz em até 25% a taxa de sinistros fatais.

Como funcionava o PNCV:

  • Implantado pelo DNIT para fiscalizar velocidade em pontos críticos
  • Usava equipamentos fixos e móveis para registro automático
  • Dados serviam para planejamento de obras e ações de segurança
  • Com a suspensão, o impacto direto será menos fiscalização em áreas de alto risco, maior probabilidade de excesso de velocidade e aumento do custo social em acidentes. 

O que diz o governo

O DNIT solicitou a inclusão do PNCV no Novo PAC para garantir recursos. A Senatran classificou o programa como “essencial para cumprir as metas do Pnatrans” e alertou que a paralisação fere compromissos internacionais de segurança viária.

Associações de caminhoneiros e grupos de motoristas afirmam que os equipamentos têm caráter arrecadatório e defendem mais obras de engenharia no lugar da fiscalização eletrônica.

O Ministério dos Transportes deve avaliar remanejamento de verba até outubro.

Se não houver recomposição orçamentária, os contratos de manutenção e operação dos radares serão encerrados gradualmente até dezembro.

Situação semelhante no Rio de Janeiro

A falta de fiscalização eletrônica nas rodovias federais se soma a outros problemas de infraestrutura viária.

Na BR-393, no interior do Rio de Janeiro, o pedágio foi desativado após o fim da concessão, e o trecho passou para a gestão do DNIT. Desde então, serviços como guinchos e ambulâncias deixaram de ser oferecidos.

O contrato com a concessionária K-Infra foi encerrado por “caducidade” após descumprimento de obrigações e atrasos em obras.

A empresa contestou a decisão no STF, mas, mesmo com liminar parcial, o DNIT manteve a suspensão da cobrança e opera a estrada de forma emergencial.

Leia mais sobre o caso da BR-393

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