Ônibus escolar
Reprodução/WNDU
Ônibus escolar

O distrito escolar de Michigan City, nos Estados Unidos, suspendeu o transporte estudantil na terça-feira (19) após o furto de entre 20 e 25 conversores catalíticos de ônibus.

Segundo a emissora WNDU, o roubo comprometeu cerca de um terço da frota e obrigou a adoção emergencial do ensino remoto para centenas de alunos.

Segundo o distrito, os furtos ocorreram entre a madrugada e o início da manhã. Cada peça pode valer de US$ 800 a US$ 1.200 (R$ 4,5 mil a R$ 6,7 mil na cotação atual) no mercado ilegal.

A polícia investiga quadrilhas especializadas, enquanto pais relatam dificuldades com a continuidade das aulas.

Impacto no transporte escolar

O furto de catalisadores afetou diretamente a logística escolar, deixando os ônibus sem condições de rodar.

A peça, essencial para reduzir emissões de poluentes, integra o sistema de escapamento e, sem ela, o veículo perde rendimento e opera de forma irregular, além de gerar ruído excessivo.

Com a retirada de 15 a 20 ônibus, o distrito ficou sem capacidade de transporte para alunos do ensino fundamental e médio.

A solução imediata foi decretar um dia de ensino remoto, medida que, segundo autoridades, poderá ser adotada novamente caso a frota não seja recomposta em breve.

Mães e motoristas relataram frustração com a situação. Uma condutora que atua desde 1995 disse ter notado falhas logo às 5h, quando ligou o motor e percebeu o ruído típico de ausência do catalisador.

Mercado ilegal de peças automotivas

Conversores catalíticos são alvo frequente de quadrilhas nos Estados Unidos e no Brasil devido à presença de metais nobres como platina, paládio e ródio.

No mercado clandestino, cada unidade pode ser revendida por valores que chegam a dezenas de milhares de reais, dependendo do modelo do veículo.

A reposição das peças exige alto custo. Em ônibus, o valor pode ultrapassar R$ 15 mil por unidade, sem contar a mão de obra especializada.

Reação e investigação policial

A polícia de Michigan City abriu inquérito e busca identificar suspeitos por meio de câmeras de segurança e denúncias da comunidade.

A investigação considera a possibilidade de ação coordenada, dado o número elevado de veículos atingidos em uma única noite.

Pais relataram dificuldades com o ensino remoto improvisado. Uma mãe de quatro filhos destacou que dois ainda não haviam recebido os computadores da escola e precisaram usar tablets, o que dificultou a execução das tarefas.

As autoridades locais informaram que parte das escolas já retomou as aulas presenciais, mas o transporte para alunos mais velhos seguirá prejudicado até que os veículos sejam reparados.

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