Fábrica da Volkswagen
Divulgação/Volkswagen
Fábrica da Volkswagen

A indústria brasileira registrou alta de 1,8% nos cinco primeiros meses de 2025, segundo o IBGE. O desempenho foi puxado principalmente pelo setor automotivo, que expandiu 12,2% no período.

O crescimento elevou também a geração de empregos: até maio, 12.919 postos foram abertos, de acordo com dados do Novo Caged.

O resultado representa avanço de 3,3% em comparação com maio do ano passado e reflete a retomada da produção de veículos após anos de instabilidade.

A tendência deve se manter no segundo semestre, mas alertam que a falta de mão de obra qualificada ainda é um desafio para sustentar o ritmo de expansão.

Indústria automotiva em alta

O ramo de fabricação de veículos responde por uma fatia expressiva da recuperação industrial.

O aumento da produção tem sido associado à modernização de linhas de montagem e à maior demanda por carros híbridos e elétricos, apontada como tendência de médio prazo.

Economistas destacam que, embora o crescimento seja consistente, parte dele decorre da base fraca registrada em 2023 e 2024.

Ainda assim, a reação já se reflete em investimentos de montadoras e fornecedores de autopeças, que projetam ampliar a produção ao longo de 2025.

Empregos e qualificação

No mercado de trabalho, os números do Novo Caged mostram saldo positivo de quase 13 mil vagas formais abertas neste ano apenas no setor automotivo.

A expansão contrasta com anos anteriores de estagnação e reestruturações, quando predominavam cortes.

Para analistas de recursos humanos, a exigência de especialização é cada vez maior.

Cursos técnicos e graduações em engenharia mecânica, mecatrônica ou administração voltada ao setor são apontados como diferenciais para jovens em busca da primeira oportunidade.

Novas competências exigidas

Além da formação técnica, empresas têm valorizado habilidades comportamentais como capacidade de resolver problemas, adaptação a mudanças e trabalho em equipe.

O mercado automotivo, por estar em transformação constante, demanda também atualização sobre inovações ligadas à eletrificação e conectividade.

Experiências extracurriculares, como participação em projetos estudantis ou voluntariado, são consideradas relevantes para demonstrar interesse e construir redes de contato profissional.

“Empresas buscam pessoas que realmente se importam com o que fazem. O início de carreira é um período de aprendizado intenso, cheio de desafios, mas também é a primeira chance de crescer”, explica Tatiana Villefort, diretora de RH da Petronas.

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