A Toyota do Brasil confirmou nesta sexta-feira (03) que retomará gradualmente a produção de veículos em Sorocaba e Indaiatuba, ambas no estado de São Paulo, após um temporal com rajadas violentas que destelharam a fábrica de motores da marca em Porto Feliz, em 22 de setembro deste ano.
ENTENDA O CASO: Temporal destrói fábrica da Toyota e deixa feridos em São Paulo
A decisão contará com motores importados e deve inicialmente atender apenas às versões híbridas de Corolla e Corolla Cross. Segundo a montadora, o plano prevê recuperar até dezembro o volume de veículos híbridos não fabricados entre 23 de setembro e 31 de outubro.
Já a unidade de Porto Feliz, que sofreu os maiores danos, segue sem prazo definido para reabrir.
Os trabalhadores da Toyota aprovaram no dia 28 de setembro, em Sorocaba, o acordo de layoff negociado pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região.
A medida suspende temporariamente contratos de trabalho após a fábrica ser afetada pelo temporal.
Produção parcial com motores importados
Na primeira etapa, os veículos serão montados com motores vindos de fábricas da Toyota no exterior.
O cronograma inclui produção restrita aos híbridos destinados ao mercado doméstico e de exportação.
A linha convencional, que abrange Corolla, Corolla Cross e Yaris Hatch, deve voltar apenas em janeiro de 2026, com expansão gradual até fevereiro. O Yaris Cross segue em preparação, sem data oficial de lançamento.
Impacto sobre trabalhadores e extensão dos danos
Os cerca de mil e duzentos funcionários da unidade de Porto Feliz terão contratos suspensos temporariamente.
Já os empregados de Sorocaba e Indaiatuba retornam ao trabalho em 21 de outubro, após férias coletivas emergenciais.
Dirigentes sindicais da região afirmaram que a prioridade deve ser a preservação dos empregos e o cumprimento de direitos trabalhistas durante o período de lay-off.
A fábrica de motores de Porto Feliz, responsável por abastecer veículos vendidos no Brasil e em outros países da América Latina, sofreu avarias de grande porte.
Os trabalhos atuais se concentram na avaliação dos equipamentos e na transferência temporária para outras localidades.