
Lançado em 1997 e desenvolvido a partir do Palio, o Fiat Siena percorreu duas fases claras: a primeira geração (1997–2016) e a segunda, batizada de Grand Siena (2012–2021).
Conhecido pelo amplo porta-malas e pelas sucessivas atualizações de estilo e motores, o sedã foi produzido no Brasil e em diversos países, com séries e versões marcantes ao longo de mais de duas décadas.
Nesta reportagem, o Portal iG Carros apresenta um panorama completo da evolução do Fusca, de sua primeira geração até os últimos modelos fabricados, analisando as transformações que o mantiveram relevante por mais de quatro décadas.
1ª geração (1997–2000) | Estreia na Argentina e chegada ao Brasil

Apresentado em junho de 1997 na Argentina, o Siena começou a ser vendido no Brasil nas versões EL (mais simples) e HL (mais equipada).
Ambas usavam motores 1.6 (8V de 82 cv ou 16V de 106 cv), e o porta-malas de 500 litros virou cartão de visitas.
Em 1998, surgiu o Siena 1.0 “6 Marchas” (61 cv) com câmbio de seis velocidades e acabamento básico.
Em 1999, teve início a produção nacional em Betim (MG), além da edição 500 Anos alusiva ao descobrimento do Brasil.
1º facelift (2001–2003) | Reestilização ItalDesign e família Fire
Em 2001, o estúdio ItalDesign redesenhou faróis, grade e traseira; painel e bancos também evoluíram.
A gama passou a oferecer os Fire 1.0 8V (55 cv), 1.0 16V (70 cv) e 1.25 16V (80 cv), mantendo o 1.6 16V em versões superiores.
Em 2002, chegou a versão Fire de entrada (1.0 8V de 55 cv). Em 2003, o 1.6 16V foi substituído pelo 1.8 8V (103 cv) em razão do acordo de motores com a GM.
2º facelift (2003–2006) | Visual alinhado ao Palio e adoção do flex

Novo retoque inspirado no hatch trouxe faróis de formato irregular, lanternas traseiras horizontais e painel redesenhado com melhor acabamento.
Os motores eram 1.0, 1.3 Flex (70/71 cv) e 1.8 (103 cv); em 2005, o 1.3 deu lugar ao 1.4 Flex (80 cv).
Em 2006, o Siena estreou a versão Tetrafuel 1.4, capaz de rodar com gasolina pura, gasolina brasileira, etanol e GNV com integração de fábrica ao sistema de injeção.
3º facelift (2007–2008) | “G4”, acertos de motor e itens de série
Apresentado em 30/11/2007, o Siena G4 ganhou frente exclusiva com faróis biparábola e traseira inspirada no desenho do Alfa Romeo 159.
Os motores evoluíram: o 1.0 passou a 73/75 cv e o 1.4 a 85/86 cv; o 1.8 seguiu em oferta.
Em outubro de 2008, todas as versões passaram a trazer direção hidráulica de série.
Linha 2009–2011 | EL, novos motores e opções de câmbio

Em fevereiro de 2009, chegaram os FPT 1.0 de 73/75 cv; no mês seguinte, a nova versão EL combinou a frente do antigo Palio a preço mais baixo.
Em julho de 2010, a Attractive substituiu a ELX, e estreou a Essence 1.6 16V E.TorQ, com opção do câmbio Dualogic; também houve série Sporting (1.6 16V).
Em 2011, a linha foi reorganizada mantendo Attractive e Essence, enquanto o EL antigo ganhou opção 1.4.
4º facelift e despedida da 1ª geração (2011–2016)

Com a frente atualizada em 2011/2012, o Siena original seguiu vendendo como EL 1.0 e 1.4 após o lançamento do sucessor.
A produção do EL — última configuração da 1ª geração — foi encerrada em 2016.
2ª geração (2012–2021) | Grand Siena: plataforma maior e segurança de série

O Grand Siena (2012–2021) inaugurou plataforma nova, com crescimento em comprimento, largura e entre-eixos (de 2,37 m para 2,51 m) e porta-malas de 520 litros.
Trouxe airbags e ABS de série em todas as versões e a mesma base do novo Palio no interior.
A gama incluía Attractive 1.4 8V, Tetrafuel 1.4 8V e Essence 1.6 16V E.TorQ (com Dualogic opcional).
Em dezembro de 2016, o Grand Siena Attractive 1.0 assumiu o papel de entrada. A produção se encerrou em 2021.
Legado
Ao longo da trajetória, o Siena ficou associado ao porta-malas amplo, à escada de versões que atendia do básico ao mais equipado e à inovação do Tetrafuel de fábrica.
Com quatro reestilizações na 1ª geração e a evolução estrutural no Grand Siena, o sedã consolidou presença duradoura nas ruas brasileiras e em mercados vizinhos, algo que é percebido ainda hoje.