
A Ford anunciou o recall de quase 1,45 milhão de veículos nos Estados Unidos devido a câmeras de ré com defeito.
O problema pode fazer a imagem aparecer distorcida, intermitente ou em branco, aumentando o risco de colisão ao estacionar ou dar marcha a ré.
O novo chamado ocorre após questionamentos da Administração Nacional de Segurança no Tráfego Rodoviário (NHTSA), que recebeu queixas de falhas no sistema.
O recall amplia uma série de ações recentes da montadora sobre o mesmo defeito e inclui modelos como Explorer, Mustang, Fusion e Lincoln MKZ fabricados entre 2015 e 2020.
Falha recorrente e pressão das autoridades
A investigação começou em janeiro, quando a NHTSA pediu explicações à Ford sobre o número crescente de reclamações.
Em setembro, a empresa já havia concordado com um plano para revisar todos os veículos produzidos entre 2015 e 2025 que usam câmeras analógicas.
Parte será substituída e outra coberta por uma garantia estendida de 15 anos.
A montadora reconhece mais de 12,5 mil solicitações de garantia e cinco acidentes atribuídos à falha, embora nenhum com vítimas.
A Ford afirma que o serviço será gratuito e que as concessionárias farão a inspeção e troca das câmeras conforme necessidade.
Histórico de multas e novos recalls
Em novembro de 2024, a companhia pagou multa civil de US$ 165 milhões (R$ 938 milhões na cotação atual) por ter demorado a acionar um recall semelhante.
Neste ano, outros chamados envolveram 1,9 milhão de veículos em todo o mundo e, mais recentemente, 625 mil unidades por problemas combinados na câmera e no cinto de segurança.
Os donos dos modelos listados devem agendar o serviço nas concessionárias autorizadas.
A Ford promete avisar os clientes por carta e recomenda que, até o reparo, verifiquem as condições de visibilidade antes de manobrar em marcha a ré.