Sede da Nissan no Japão
Reprodução/IBECS
Sede da Nissan no Japão

A Nissan Motor Co. vendeu sua sede global, em Yokohama,  no Japão, por 97 bilhões de ienes (R$ 3,4 bilhões). A informação foi publicada pelo jornal japonês Nikkan Jidosha Shimbun.

A operação é parte de um processo de reorganização financeira da montadora, após uma crise, que continuará instalada no prédio por meio de um contrato de arrendamento de 20 anos.

O acordo resultará em lucro contábil de 73,9 bilhões de ienes (R$ 2,59 bilhões), a ser lançado no balanço do exercício fiscal que termina em março de 2026.

O imóvel foi adquirido pela MJI LLC, de Tóquio, controlada pelo grupo taiwanês Minsu, que atua no setor imobiliário corporativo.

Empresa segue no mesmo prédio

A transação foi estruturada no modelo sale and leaseback: quando o ativo é vendido e alugado de volta. O contrato começa a valer em dezembro. O valor do aluguel não foi informado.

Com a venda, a Nissan pretende reforçar o caixa e acelerar o plano de economia estimado em 500 bilhões de ienes (R$ 17,5 bilhões). Parte do montante deve financiar modernização de fábricas, digitalização de processos e pesquisa de novos produtos.

A sede de Yokohama foi inaugurada em 2009, quando a companhia deixou o bairro de Ginza, em Tóquio.

O prédio sempre simbolizou a fase mais moderna da Nissan. A decisão de vendê-lo vinha sendo discutida desde o início do ano, dentro do plano de ajuste “Re:Nissan”.

Esse programa prevê o fechamento de sete fábricas até 2027, o corte de 20 mil empregos e a redução da complexidade industrial.

A confirmação da venda sinaliza que a empresa avança na etapa mais dura do processo de reestruturação.

A montadora vem acumulando perdas. No exercício fiscal encerrado em março de 2024, registrou prejuízo líquido de 670,9 bilhões de ienes (R$ 23,48 bilhões).

Para o atual período, que vai até março de 2025, a previsão é de novo resultado negativo: 275 bilhões de ienes (R$ 9,62 bilhões).

O Nikkan Jidosha Shimbun destacou que a venda da sede é uma das medidas mais diretas para recompor liquidez e sustentar os investimentos que ainda estão em curso.

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