
A Toyota apresentou oficialmente a nova geração da Hilux, modelo que chega com mudanças importantes de design, cabine completamente redesenhada e a estreia de versões eletrificadas. A picape adota pela primeira vez uma configuração totalmente elétrica e outra a hidrogênio, prevista para chegar ao mercado em 2028.
Batizado internamente de “Cyber Sumô”, o novo estilo da Hilux aposta em linhas retas e musculosas, inspiradas na força dos lutadores japoneses. A dianteira exibe faróis de LED mais estreitos e uma grade em formato de colmeia, com para-choque robusto e visual mais limpo nas versões elétricas. Na traseira, as lanternas redesenhadas com assinatura em LED e o novo para-choque com degraus laterais facilitam o acesso à caçamba.
Por baixo da carroceria, a picape mantém a conhecida plataforma IMV, mas recebeu reforços estruturais, novos pontos de fixação e ajustes na suspensão. A Toyota afirma que as mudanças melhoraram a rigidez do conjunto e reduziram vibrações em pisos irregulares, sem comprometer as tradicionais capacidades off-road.
Cabine inspirada no Land Cruiser
O interior da nova Hilux foi totalmente reformulado. O painel tem desenho mais horizontal, com materiais de melhor qualidade e acabamento que lembra o dos grandes SUVs da marca. O quadro de instrumentos é digital, com tela de 12,3 polegadas, enquanto a central multimídia flutuante adota formato widescreen e conectividade completa.

Os comandos principais continuam físicos, algo valorizado pelos clientes que usam o veículo em condições severas. Volante multifuncional, bancos com ajustes elétricos e ventilação, freio de estacionamento eletrônico e ar-condicionado digital de duas zonas completam o pacote.
O modelo passa também a oferecer um conjunto mais amplo de assistências de condução, com frenagem autônoma, alerta de ponto cego, monitoramento de faixa e controle de cruzeiro adaptativo.
Versão elétrica com 240 km de autonomia
A nova Hilux elétrica utiliza dois motores, um em cada eixo, alimentados por uma bateria de 59,2 kWh. A potência combinada é de 193 cv, e a autonomia declarada chega a 240 quilômetros no ciclo europeu WLTP. A capacidade de carga é de 715 kg e o r eboque máximo atinge 1.600 kg.

A versão totalmente elétrica foi desenvolvida pensando em frotas e uso urbano, mas mantém os atributos de robustez e resistência que marcaram a história da picape. A Toyota confirmou ainda que prepara uma versão movida a célula de hidrogênio, que deve estrear dentro de três anos.
Híbrido leve e motor diesel continuam no portfólio
Nos mercados onde os elétricos ainda não têm estrutura de recarga adequada, a marca continuará oferecendo o motor 2.8 turbodiesel de quatro cilindros, agora com s istema híbrido leve de 48V. O conjunto utiliza um pequeno motor elétrico auxiliar que ajuda nas arrancadas e recupera energia durante as frenagens.

Essa configuração entrega desempenho semelhante ao da geração anterior (cerca de 204 cv) e promete menor consumo, além de reduzir as emissões. A capacidade de carga continua em torno de uma tonelada, e a de reboque, de 3.500 kg.
Chegada ao Brasil em 2026
A nova Hilux será produzida na Tailândia e na Argentina, onde deve abastecer o mercado brasileiro. A chegada ao país está prevista para o segundo semestre de 2026, inicialmente com as versões a diesel e híbrida leve. A configuração elétrica ainda está em estudo.