Lamborghini Veneno Roadster
Lamborghini/Divulgação
Lamborghini Veneno Roadster

Um prêmio de R$ 1 bilhão da Mega da Virada colocaria o vencedor em um patamar raríssimo até mesmo entre grandes colecionadores. No universo automotivo, esse valor permite montar uma garagem que reúne não apenas hipercarros, mas modelos únicos, feitos sob encomenda, que representam o limite da engenharia, do luxo e da exclusividade.

Considerando custos reais de importação, impostos e manutenção, é possível montar uma coleção de altíssimo nível técnico e histórico — e ainda assim manter uma margem financeira confortável.

Rolls-Royce La Rose Noire Droptail - R$ 180 milhões

O La Rose Noire Droptail é hoje considerado o carro mais caro do mundo. Desenvolvido pela divisão Bespoke da Rolls-Royce, ele é essencialmente um projeto artesanal. A carroceria foi criada exclusivamente para um único cliente, com painéis moldados à mão e acabamento inspirado em técnicas da alta joalheria.

Rolls-Royce La Rose Noire Droptail
Rolls-Royce/Divulgação
Rolls-Royce La Rose Noire Droptail


Sob o capô, o modelo utiliza um motor V12 biturbo de 6,75 litros, ajustado para oferecer 601 cv de potência e 85,7 kgfm de torque, condizente com o perfil da marca. O custo elevado não está ligado a desempenho, mas ao nível extremo de personalização, ao tempo de desenvolvimento e ao fato de ser uma peça única, irreproduzível.

Rolls-Royce Boat Tail - R$ 160 milhões

O Boat Tail representa a interpretação mais ousada do luxo moderno da Rolls-Royce. Inspirado em iates clássicos, o modelo tem traseira alongada e painéis que se abrem eletronicamente para revelar compartimentos feitos sob medida, incluindo itens personalizados conforme o gosto do proprietário.

Rolls-Royce Boat Tail
Rolls-Royce/Divulgação
Rolls-Royce Boat Tail


O conjunto mecânico é baseado no mesmo V12 biturbo da marca, com 570 cv, priorizando conforto absoluto. O preço se justifica pela produção extremamente limitada, pelo desenvolvimento individualizado e pelo fato de cada unidade ser tratada como um projeto exclusivo, não como um modelo de linha.

Bugatti La Voiture Noire - R$ 110 milhões

Único exemplar já produzido, o La Voiture Noire é uma releitura moderna de um dos Bugatti clássicos mais icônicos. Ele utiliza o lendário motor W16 quadriturbo de 8,0 litros, com 1.500 cvtorque de 163,2 kgfm, acoplado a uma transmissão de dupla embreagem.

Bugatti La Voiture Noire
Bugatti/Divulgação
Bugatti La Voiture Noire


Além do desempenho, o modelo chama atenção pela complexidade da carroceria em fibra de carbono e pelo desenvolvimento específico de componentes, feitos exclusivamente para essa unidade.

Pagani Zonda HP Barchetta - R$ 100 milhões

O Zonda HP Barchetta é uma das últimas e mais radicais interpretações do Zonda. Equipado com motor V12 aspirado de origem Mercedes-AMG, entrega potência de 790 cv e torque de cerca de 85 kgfm, sem eletrificação.

Pagani Zonda HP Barchetta
Pagani/Divulgação
Pagani Zonda HP Barchetta


Produzido em pouquíssimas unidades, o modelo combina construção artesanal em fibra de carbono, suspensão ajustável e foco total em oferecer feeling apurado de direção. Seu valor elevado está ligado à raridade extrema e ao fato de representar o fim de uma era na Pagani.

Bugatti Chiron Super Sport - R$ 65 milhões

O Chiron Super Sport é a versão focada em velocidade máxima do hipercarro da Bugatti. O W16 quadriturbo recebe ajustes para entregar mais de 1.600 cv e 163,2 kgfm, permitindo velocidades superiores a 400 km/h.

Bugatti Chiron Super Sport
Bugatti/Divulgação
Bugatti Chiron Super Sport


Diferente de modelos puramente conceituais, ele foi projetado para ser utilizável em estrada, mantendo conforto, isolamento acústico e estabilidade. 

Pagani Huayra Codalunga - R$ 45 milhões

O Huayra Codalunga adota uma proposta mais elegante e aerodinâmica, inspirada em carros de corrida clássicos. Seu motor V12 biturbo entrega  840 cv de potência e 112,2 kgfm de torque de forma progressiva, enquanto a carroceria alongada melhora o coeficiente aerodinâmico.

Pagani Huayra Codalunga
Pagani/Divulgação
Pagani Huayra Codalunga


O modelo foi produzido em número extremamente limitado e prioriza refinamento, equilíbrio e estética. 

Koenigsegg Jesko Absolut - R$ 40 milhões

Projetado especificamente para velocidade máxima, o Jesko Absolut abre mão de apêndices aerodinâmicos para reduzir arrasto. O motor 5.0 V8 biturbo entrega 1.600 cv e 152,9 kgfm de torque, além de operar com combustíveis de alta octanagem, incluindo etanol E85.

Koenigsegg Jesko Absolut
Koenigsegg/Divulgação
Koenigsegg Jesko Absolut


A transmissão inovadora e o baixo peso fazem dele um dos projetos mais avançados já criados. Seu valor está diretamente ligado à inovação técnica e ao potencial teórico de ser o carro mais rápido do mundo.

Mercedes-Maybach Exelero - R$ 45 milhões

Criado originalmente como conceito, o Exelero acabou se tornando um carro funcional e único. Equipado com motor AMG V12 6.0 twin-turbo, traz 700 cv de potência e torque de 104 kgfm. Seu principal destaque é visual agressivo e fora dos padrões tradicionais da marca.

Mercedes-Maybach Exelero
Maybach/Divulgação
Mercedes-Maybach Exelero


É uma peça de coleção que vale pela singularidade, pelo contexto histórico e pela ousadia do projeto.

Ferrari Daytona SP3 - R$ 35 milhões

A Daytona SP3 faz parte da série Icona da Ferrari. Seu motor V12 de 6,5 litros rende 840 cv de potência e 71,07 kgfm de torque e dispensa qualquer tipo de eletrificação, mantendo a tradição da marca.

Ferrari Daytona SP3
Ferrari/Divulgação
Ferrari Daytona SP3


O chassi em fibra de carbono e o design inspirado nos protótipos de corrida dos anos 1960 explicam seu posicionamento como Ferrari moderna de coleção.

Lamborghini Veneno Roadster - R$ 50 milhões

O Veneno Roadster é um dos Lamborghinis mais extremos já produzidos. Utiliza um V12 6.5 litros de 750 cv de potência e um torque máximo de aproximadamente 70,4 kgfm, com foco em aerodinâmica agressiva e construção em fibra de carbono.

Lamborghini Veneno Roadster
Lamborghini/Divulgação
Lamborghini Veneno Roadster


Produzido em pouquíssimas unidades, seu valor está diretamente ligado à raridade e ao caráter radical do projeto.


Quanto custaria essa garagem?

A soma dos modelos chega a cerca de R$ 830 milhões, valor que ainda deixaria algo em torno de R$ 170 milhões do prêmio da Mega da Virada disponíveis.

Com essa sobra,  ainda seria possível "viver de renda".  Com este dinheiro aplicado, mesmo que de forma conservadora, em produtos de baixo risco e alta liquidez, como Tesouro Selic, CDBs de grandes bancos, fundos DI e LCIs ou LCAs, é razoável ter com um r endimento líquido mensal em torno de 0,8%, já considerando impostos na média.

Nesse cenário, os R$ 170 milhões renderiam cerca de R$ 1,36 milhão por mês, o que equivale a algo próximo de R$ 45 mil por dia. Um valor mais do que suficiente para bancar combustível, manutenção, seguros, logística internacional, infraestrutura e até eventos privados, sem a necessidade de mexer no capital principal.

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