E lá se foram cinco anos. As primeiras motocicletas a serem mostradas nesta coluna, em 20/07/2016, foram as Honda CB 650F e CBR 650F , versões naked e esportiva da nova linha de quadricilíndricas da marca. Desse dia até hoje, foram 260 semanas ininterruptas de informações sobre motocicletas – lançamentos, impressões, viagens, modelos clássicos, salões, passeios e eventos, incluindo visitas a museus e histórias sobre motocicletas na música e no cinema. Tudo sobre o objeto de nossa grande paixão que, acredito, compartilho com todos que me acompanham desde então.
Foram cinco anos de convivência com o mercado, com os fabricantes, importadores e com vocês, leitores. Em algumas dessas 260 semanas, a novidade era tanta que o suspense sobre uma nova motocicleta precisava ser mantido a todo custo. Mas na maioria delas a motocicleta era um lançamento, muitas vezes de um modelo totalmente novo. Nesse caso, o espaço disponível para descrever a novidade sempre parece pequeno demais.
Entre as motocicletas mais emocionantes, geralmente acompanhadas de um roteiro não menos emocionante para avaliação, um dos destaques foi a Harley-Davidson LiveWire , cujo belíssimo cenário nas recortadas estradas do vale de Villanueva De La Concepción, na região da Andaluzia, na Espanha, fez com que os atributos de desempenho da motocicleta elétrica até fossem valorizados.
Soube, nesta semana, que a LiveWire não é mais um modelos da Harley-Davidson , mas sim uma nova marca do grupo norte-americano, que produzirá motocicletas elétricas de todos os tamanhos. A H-D LiveWire que conhecemos, então, passa a ter o nome completo de LiveWire One e ficou cerca de 25% mais acessível. Aguardamos a Two, a Three e assim por diante.
Outras motocicletas também contaram com locais para lá de aprazíveis em seus lançamentos. A própria Harley-Davidson nos levou ao sul da Califórnia para experimentar a Low Rider , cujo nome e estilo casam bem com a cultura daquela região, e, para experimentar a Honda CRF 1000L Africa Twin , percorremos as belas regiões em torno da Chapada dos Guimarães, aqui mesmo em nossas terras.
As aventuras também fazem parte do cardápio, e não necessariamente uma boa aventura é realizada com motocicletas de sonhos. Aquela semana percorrendo as históricas trilhas da Estrada Real – que ligava o porto de Parati, no Rio de Janeiro, aos garimpos mineiros, no século 17 –, foi passada sobre valentes Yamaha Crosser de 150 cm3. E que venceram caminhos difíceis com louvor. Que venham outras aventuras.
Mas é a motocicleta, sempre, a protagonista das histórias aqui contadas. Seja um lançamento, seja uma relíquia guardada com muito carinho. Caso da Yamaha DT 360 de 1974, que foi achada “zero km” em uma revenda da marca em Miami, da Triumph Tiger 1947 ou mesmo da minha primeira motocicleta, uma Zündapp de 1969.
Essas e outras motocicletas clássicas podem ser vistas em coleções, ou então nos locais e eventos onde essas preciosidades são regularmente expostas, como o museu Petersen , em Los Angeles, o simpático Classic Iron Motorcycle Museum , nas cataratas de Niágara, no Canadá, ou mesmo o museu da Honda, no interior de São Paulo, que mostra os modelos mais importantes produzidos nos últimos 45 anos na fábrica de Manaus.
Esperamos que os próximos cinco anos sejam assim tão recheados de motocicletas e aventuras quanto esses que se passaram. E a curiosidade: como estarão as motocicletas naquele futuro tão próximo?