Harley-Davidson Softail DeLuxe, um passeio pelo passado

A Harley-Davidson DeLuxe, conservadora e sofisticada, é a motocicleta ideal para quem deseja rodar com conforto e tradição
Foto: Gabriel Marazzi
A H-D DeLuxe é a mais tradicional da família Softail, com pneus de faixas brancas e lanterna traseira no estilo capelinha

Basta bater o olhar para a Harley-Davidson Deluxe que uma sensação de passado imediatamente surge. As faixas brancas nos pneus, item de série nesse modelo, e mais a profusão de cromados são propositais, para remeter às H-D dos anos 40, originalmente sofisticadas. Os faróis auxiliares, que ladeiam o grande farol principal, este também bastante tradicional, de lente lisa, lembram os viajantes daquela época, que precisavam de toda iluminação possível para encontrar seu caminho pelas estradas escuras.

Para completar o pacote de itens exclusivos, que só mesmo a Harley-Davidson DeLuxe tem, a lanterna traseira do tipo “capelinha”. Um charme! Por que capelinha? Olhe bem e veja se ela não lembra os famosos taxímetros da marca Capelinha, que se usavam nos taxis até os anos 80. Se lembrou, entregou a idade, certo?

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A H-D DeLuxe faz parte da família Softail, aquelas que parecem “rabo-duro” mas têm um amortecedor horizontal escondido embaixo do banco. Daí o nome, “soft tail”, em oposição ao antigo “hard tail”. É que as Harley rabo-duro dos anos 40 e 50 não tinham mesmo uma suspensão traseira. Da mesma família, e com o mesmo tipo de suspensão traseira, estão a Fat Boy, a Heritage e a Breakout, cada uma com um estilo diferenciado.

 A Harley-Davidson Softail DeLuxe, como o próprio nome indica, é mais luxuosa, cheia de adereços visuais e detalhes sofisticados, porém mais básica que a Heritage, que tem acessórios como bolsas laterais de couro, encosto para o garupa e para-brisa, mas sem o charme da lanterna capelinha.

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Então a DeLuxe é a moto. A posição de pilotagem é super confortável, para uma custom, o guidão é bastante largo e as plataformas para os pés, no lugar de pedaleiras convencionais, garantem um bom apoio para quem a pilota. Sobre o tanque de combustível está o enorme e bem resolvido velocímetro eletrônico analógico. Logo mais abaixo estão algumas luzes indicadoras e a chave principal do sistema elétrico, que pode ser travada com uma chave especial. Não é necessário usar essa chave a toda hora, uma vez que a DeLuxe tem o sistema de sensor de aproximação para desligar a ignição quando o piloto se afasta de moto. Ao lado do velocímetro há duas tampas cromadas, uma para abastecimento e outra para abrigar o marcador analógico de nível de combustível.

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 O motor V2 de 1.690 cm 3 , que oferece cerca de 60 cv de potência e cerca de 9 kgfm de torque, tem funcionamento suave e compassado, com o ronco característico – e patenteado – das Harley, permite “passear” por estradas de bom asfalto e poucas curvas, bastante relaxado e em sexta marcha, com a rotação lá pelas 2.000 rpm. Na cidade a DeLuxe t ambém se sai muito bem, com exceção nos momentos em que seja necessário passar em um corredor estreito entre as filas de carros. Melhor ficar quietinho lá atrás.

 O preço da H-D DeLuxe afasta um pouco os candidatos ao passeio nostálgico em duas rodas: R$ 69.900. No site da Harley, no entanto, ainda consta a versão 2015, com o motor de 1.585 cm 3 , por R$ 54.800. Uma boa diferença, para praticamente a mesma motocicleta.

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