Honda CB 1100 RS: os escapamentos cromados não negam o estilo das grandes motos dos anos 70
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Honda CB 1100 RS: os escapamentos cromados não negam o estilo das grandes motos dos anos 70

Vamos falar sobre motocicletas bonitas. Só que antes deveríamos definir melhor o conceito de beleza. Em motocicletas, bem entendido. Voltando ao início dos anos 70, lembro quando comprei minha primeira motocicleta zero km, uma Honda CB 125S. Era linda, principalmente quando comparada à minha motocicleta anterior, uma feiosa Zündapp alemã dos anos 60. A sua beleza, no entanto, foi gradualmente sendo obscurecida com as novas belezas que eram lançadas todos os anos, e assim acontecia com todas as motocicletas. Até que, nos anos 80, o padrão de beleza se perdeu quase que completamente, pois os novos modelos ousaram demasiadamente, em nome da esportividade e da exclusividade.

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Nos tempos atuais, a beleza das motocicletas segue outros parâmetros, onde a tecnologia determinou o caminho da estética. As motocicletas, assim como os automóveis, ficaram muito parecidas, a ponto de o próprio motociclista procurar a beleza em outros aspectos. Daí o grande interesse, atualmente, nas motocicletas customizadas e nas antigas, restauradas. Foi quando os próprios fabricantes perceberam que aquela beleza dos anos 70 poderia conviver com a tecnologia dos tempos atuais. E é aí que entra a Honda CB 1100 RS .

A versão RS é a que mais carrega adereços esportivos, com visual bastante apelativo
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A versão RS é a que mais carrega adereços esportivos, com visual bastante apelativo

Bom para nós, que gostamos de faróis redondos e velocímetros analógicos, pois os modelos retrô de motocicletas estão cada vez mais presentes em nosso meio. Todo esse floreio foi apenas para falar da Honda CB 1100 RS, que causou muito interesse do público que visitou o Salão Duas Rodas no fim do ano passado. A motocicleta estava lá justamente para isso, para que o fabricante conhecesse a reação do publico interessado e se decidir pela sua comercialização no Brasil.

A Honda CB 1100 RS é uma motocicleta de projeto atual, que utiliza todas as novas tecnologias de fabricação e de equipamentos, só que com o estilo visual do passado. Linhas arredondadas e muitos cromados fazem parte dessa estética. O motor mais largo que o tanque de combustível remete ao tempo em que os motores cresceram de repente, como aconteceu com a lendária Honda CB 750 Four, de 1969. O banco único e quase plano é também outro elemento retrô, assim como a lanterna traseira na ponta do para-lama metálico. E, é claro, farol e relógios de painel redondos.

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A BC 1100 RS não é fiel à origem das quadricilíndricas da marca, mas sim às suas atualizações. O tanque de combustível em formato complexo, com “entradas” para os joelhos, surgiu muito depois da primeira “Sete-Galo”, que tinha o tanque em volume único. Diferente fez a Kawasaki, com a sua também retrô Z900RS, que imediatamente leva o observador a reconhecer a primeira quadricilíndrica da marca, a Z1 de 1973. Tanto é que, no salão, de longe e por alguns instantes, fiquei sem saber aquela se era a nova Z900RS ou a Z1 original (que também tinha cilindrada de 900 cm3).

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Exemplo de motocicleta de projeto atual, mas com o estilo visual do passado
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Exemplo de motocicleta de projeto atual, mas com o estilo visual do passado

Infelizmente não pude pilotar a Honda CB 1100 RS, como fiz com a Kawasaki Z900RS, mas que tentei, tentei. Para isso preciso esperar sua homologação e chegada oficial ao nosso mercado, o que deve acontecer em breve.

O modelo exposto no Salão é o RS, o mais esportivo, mas há uma versão ainda mais tradicional da mesma motocicleta, a CB 1100 EX, que tem para-lamas cromados, rodas raiadas, amortecedores traseiros convencionais e motor com cabeçote polido, não preto como na RS. Espero que possamos ter as duas opções.

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Se cada vez mais os motociclistas estão “gostando” dos faróis redondos, como eu, cada vez mais teremos modelos de estilo clássico como o da Honda CB 1100 RS em nosso mercado. Assim, os padrões de beleza vão retrocedendo e aquelas motocicletas que um dia foram consideradas belas passam a ser novamente atraentes aos olhos. E não é que agora eu não acho aquela velha Zündapp assim tão feia?

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