A partir de agosto, os descontos devem findar e os juros determinarão como se comportará o mercado
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A partir de agosto, os descontos devem findar e os juros determinarão como se comportará o mercado

Para o presidente da Fenabrave, José Andreta Jr, o programa de incentivos fiscais (R$ 500 milhões) da MP 1.175 - que vigorou até hoje -, foi um sucesso e possibilitou às concessionárias reduzir seus estoques. "Fez bater os corações" com os clientes voltando aos salões de exposição, ele disse. Apesar dos estoques nas fábricas ainda estarem elevados, as vendas de automóveis e comerciais leves de 179.691 unidades no mês passado, representou aumento de 8% em relação a maio deste ano.

Quanto ao acumulado do primeiro semestre, houve aumento de 9,76% em relação ao do ano passado. Se considerados também caminhões e ônibus, o avanço sobre 2022 recua um pouco para 8,76%. Andreta também acredita que o mercado deve se manter aquecido em julho. Segundo ele, o mês pode ter quebra de recorde com o adicional de R$ 300 milhões em incentivos para automóveis de até R$ 120.000, além da liberação para compras por parte das locadoras.

Mesmo assim, a entidade mantém posição cautelosa e continua com previsão de resultados semelhantes ao do ano passado, no balanço final de 2023. Por isso, não alterou as previsões feitas em janeiro deste ano. Andreta Jr não vê a elevada taxa de juros atual como um entrave forte às vendas, mas sim a redução do poder de compra dos clientes.

Para se ter um balanço mais exato, em minha opinião, é preciso ver o ritmo de queda dos juros a partir de agosto. Para manter a inflação sob controle ou pelo menos comportada, o Governo Federal precisa se sustentar dentro dos princípios de responsabilidade fiscal e esquecer de vez que “gasto é vida” sem controle.

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