A década de 80 foi única no Brasil. Naquela época as importações eram fechadas, o que criava um nicho de consumidores bastante sedento por novidades. Para satisfazer o gosto desse público, os modelos foras-de-série conseguiam mesclar exclusividade com valores realmente altos.
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No contexto a indústria nacional também criava opções interessantes para o período. Nesse sentido, a Ford se destacou, já que era conhecida pelo bom acabamento e esmero nos seus modelos de linha. O início da década criou um novo desafio para a marca: substituir o Landau. Eis que surge o Ford Del Rey .
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A crise do petróleo chegou por aqui algum tempo depois do que nos Estados Unidos e Europa e um novo conceito estava surgindo. Além da questão energética o consumidor queria algo mais jovem, compacto e com muito estilo.
Dessa forma o Del Rey foi lançado. As linhas baseadas no Corcel sofreram mudanças sutis para esbanjar requinte, como a grade dianteira. Internamente luxo e sofisticação na versão Série Ouro, que trazia instrumentação completa. A Série Prata era despojada.
Requinte de sobra
O exemplar da matéria é de 1983. E traz algumas particularidades, como os vidros marroms (algo exclusivo desse ano) e também a tonalidade da carroceria. O já citado acabamento é um de seus destaques aparentes.
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O câmbio automático (chamado de eletrônico por ter um módulo no cofre do motor) tem três marchas e faz as trocas com suavidade ímpar. O propulsor CHT ronrona suave, enquanto curto o passeio com ar-condicionado ligado e o som do toca-fitas. Um pouco de nostalgia realmente faz bem à saúde.
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E por falar em clássicos da Ford na próxima semana trarei a história do Corcel, um modelo com alma francesa e muito charme que fez bastante sucesso em nosso mercado durante duas décadas. Até lá!