Tudo começou com um sonho. Assim como outros visionários, João Conrado do Amaral Gurgel começou a pensar em criar seu próprio carro bem cedo. Um exemplo parecido é de outro sonhador, Preston Tucker, que também imaginou algo à frente de seu tempo nos longínquos anos 40.

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Uma história diz que na época de apresentação do trabalho de conclusão de Gurgel na faculdade, após dizer ao professor orientador que faria seu próprio carro, teria ouvido a seguinte resposta: “carro não se faz, se compra”. Mas ele seguiu em frente.

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A história da Gurgel como uma fabricante de automóveis começou no final da década de 60. Os primeiros modelos seguiam uma ideia diferente, com destaque para a motorização boxer, refrigerada a ar, da Volkswagen, que equipou muitos modelos fora-de-série na época, e que garantia confiabilidade mecânica aos projetos.

O X12, seu maior êxito, chegou às lojas em meados da década de 70. Trazia um estilo jovem, extremamente descolado para a época, com acabamento honesto e desempenho compatível com a proposta de agradar ao público jovem, sempre buscando novidades.

Despojado

Gurgel Tocantins: modelo feito com carroceria de fibra de vidro e motor boxer é valente em trechos de terra
Renato Bellote/iG
Gurgel Tocantins: modelo feito com carroceria de fibra de vidro e motor boxer é valente em trechos de terra

Seu sucessor foi o Tocantins, que trazia a mesma base mecânica e uma reestilização que atualizou o estilo em busca de novos consumidores, inclusive com destaque para o lado mais urbano. O interior manteve a ideia despojada, mas com itens básicos de conforto bastante compatíveis com a concorrência.

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Guiar o Tocantins é algo que agrada, especialmente se você curte a tocada dos boxer refrigerados a ar, o que é o meu caso. O ronco sossegado do valente motor de 1,6,  de 50 cv, vem acompanhado de torque suficiente para encarar subidas sem medo.

Como sabemos a história da marca terminou no início dos anos 90, motivado especialmente por dois fatores: a reabertura das importações e também o lançamento do BR 800, revolucionário no projeto, mas que também serviu para afundar de vez o sonho do visionário Gurgel.

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