Durante as décadas de 70, 80 e 90 as station wagons fizeram parte do cotidiano das ruas.
Quase toda família tinha uma delas na garagem. Se não fosse o carro principal era o
carro da esposa ou vice-versa. Nas saídas de colégio, as peruas também reinavam
soberanas, com a diversão de voltar para casa no porta-malas. Eram carros de marcas como Volkswagen, Ford, GM, entre outras. As japonesas Honda, Toyota, Mitsubishi e Subaru ainda não tinham vindo ao Brasil.  

LEIA MAIS: Chevrolet S10 SS: a picape que foi sonho de consumo nos anos 90

Durante esse período vários modelos se destacaram: Belina, Caravan, Quantum, Scala e
várias outras que fizeram muita gente guardar lembranças afetivas de viagens de férias,
finais de semana ou mesmo na rotina do dia-a- dia.Mas na matéria de hoje falo de algo ainda mais específico. O Toyota Carina nunca foi vendido oficialmente por aqui mas tem uma história bastante rica no Japão.

A trajetória da perua da marca japonesa no mercado durou nada menos do que 31 anos. E um deles chegou por aqui. Aliás, uma versão bastante singular. É uma station wagon, movida a diesel e com volante na direita, a chamada mão inglesa. Quer mais? Ela está customizada em um estilo bastante popular e apreciado entre os modelos japoneses: o JDM.

Volante na direira confunde?

Toyota Carina: exemplar único no Brasil tem estilo JDM, espelhos no capô, motor a diesel e volante no lado direito
Renato Bellote/iG
Toyota Carina: exemplar único no Brasil tem estilo JDM, espelhos no capô, motor a diesel e volante no lado direito

Muita gente tem curiosidade em saber como é dirigir um carro com volante do “lado
errado”. É bem simples, vale salientar. Já tive a oportunidade de guiar Fusca e Mini
nessa configuração. Logicamente se você for acelerar um deles na Inglaterra, Austrália
ou Japão precisará de um pouco mais de tempo para adaptação, já que o sistema viário
também é invertido.

LEIA MAIS: Kadett GS: assista ao vídeo do famoso esportivo nacional dos anos 90

Esteticamente a Carina se destaca pela linha de cintura reta e o estilo quadrado vigente
nos anos 80. Outro detalhe curioso é o posicionamento dos retrovisores, bem à frente no
capô, algo bastante comum nos seriados japoneses da época e que exigem uma pré-
regulagem para efetivamente desempenharem sua função.

O motor diesel tem 1,8 litro e 70 cv. É algo para durar bastante e não necessariamente
andar rápido. Aliás, nem precisa, já que a perua da Toyota é garantia de muitos olhares e
curiosidade pelas ruas. Na semana que vem trarei o projeto de um Go,l com 340 cv, que
roda nos Estados Unidos.

LEIA MAIS: Puma GTB S2: o felino brasileiro. Assista ao vídeo do esportivo nacional

    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!