A década de 80 está de volta às manchetes. Eu já comentei isso há algum tempo e as tendências mostram que estava certo. E assim como ocorre na música, na moda e na decoração o mundo automotivo também é cíclico e passa a valorizar novamente os ícones do passado após algum tempo. A situação é a mesma com o VW Gol GT.

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Os modelos dos anos 80 comprovam isso. A recente valorização dos carros daquela época me lembra do primeiro carro que fotografei com a placa preta do blog. Era um Escort XR3 conversível, que há onze anos não era muito celebrado como o VW Gol GT . Mas eu tinha certeza que seria um dia pela sua importância no contexto automotivo do período.

Resfrescando a memória, no ano passado a Ford comemorou os 35 anos do XR3, modelo que foi lançado primeiro na Europa e chegou ao Brasil em dezembro de 1983, com a mesma aparência da versão europeia, mas sem injeção eletrônica. Por aqui, o carro vinha com motor 1.6 CHT Fórmula, movido a etanol, com carburador de corpo duplo, que rendia 82,9 cv, de acordo com a fabricante.  Hoje, é um dos modelos mais valorizados de sua época.

Os esportivos da Volkswagen, em especial, têm sofrido uma valorização ainda maior. E nada injustificável, afinal isso também ocorreu com os seus predecessores dos anos 70, com Maverick GT, Opala SS e Dodge Charger R/T e seus respectivos valores nas alturas.

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Hoje vou falar sobre um dos hot hatches mais legais da década de 80, o Gol GT. Compacto, ágil e cheio de estilo se tornou um sonho de consumo da molecada, especialmente por conta do desempenho otimizado do motor de 1,8 litro com dupla carburação e o ronco grave do escapamento Kadron.

História marcante

VW Gol GT se destacava por conta da pintura que tomava até mesmo a grade, bem como faróis de neblina e milha
Renato Bellote/iG
VW Gol GT se destacava por conta da pintura que tomava até mesmo a grade, bem como faróis de neblina e milha

Vale dizer também que ele perdia feio do Escort XR3 quando o assunto era acabamento. Quem tem quase quarenta anos – ou mais – deve se lembrar que a Ford caprichava nesse quesito e se tornou uma referência na época. Detalhes como vidros elétricos e relógio digital eram alguns de seus diferenciais.

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Mas quando se tem dezoito anos essas coisas ficam em segundo plano. E no quesito desempenho o Gol GT ganhava de lavada. O motor AP de 1,8 litro fez escola e se sobressaía pelo comportamento elástico e retomadas mais rápidas. Especialmente a partir de 1985 com a transmissão de cinco marchas.

O exemplar da matéria é da primeira safra e foi também o primeiro VW Gol GT com placa preta do Brasil. Ele traz originalidade e a melhor cor da época. Quem tinha um deles em 1984 chamava atenção pela rua. E trinta e quatro anos depois a história se repete. Até a semana que vem!

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