A matéria dessa semana pode gerar uma dúvida nos leitores. Afinal, é um Fusca ou uma Kombi? Na verdade uma mistura dos dois em um projeto tão bem executado que parece realmente saído de fábrica. A Volkswagen poderia ter tido esta ideia, não é mesmo?
A perua Kombi foi o primeiro modelo fabricado pela marca no Brasil. A sua história com muitas décadas escreve um capítulo importante na trajetória da Volkswagen no país, além de ter feito parte da vida de milhares de pessoas em todos esses anos.
Já o Fusca dispensa apresentações. Ele começou a ser montado por aqui, ainda no sistema chamado de CKD, no início da década de 50. E em 1959 passou a ser produzido na fábrica de São Bernardo do Campo. E daí passou por algumas evoluções até chegar ao seu desfecho com a versão Itamar.
Voltando ao projeto ele traz um trabalho de quase quatro anos. Inicialmente nasceu da paixão do proprietário da oficina Garage Web pela Vemaguetei de seu pai. Porém queria ter a confiabilidade do motor boxer a ar. Dessa forma juntou as duas coisas em uma, gerando algo com estilo DKW e, ao mesmo tempo, confiabilidade mecânica alemã
Guiar o modelo também gera aquela mesma dúvida à qual me referi no início. Olhando pelo retrovisor ou sobre o banco para alguma manobra vemos a grande área envidraçada, típica da Kombi , porém em um nível mais baixo, tipicamente um Fusca . Estante curioso.
Outra coisa interessante ao rodar com ele pela rua é a atenção que desperta nos demais motoristas. Muita gente elogia, acena ou simplesmente olha com certo ar de incredulidade. Mesmo para quem não é um profundo conhecedor da linha Volkswagen vem à mente uma ideia de que nunca viu algo parecido.
Debaixo do capô temos um motor com 1300 cm³ de cilindrada mais do que suficiente para os passeios de final de semana. O acabamento também merece elogios, assim como as emendas da adaptação, extremamente bem feitas. Agora vamos atrás de outra coisa inusitada: um Fusca com quatro portas.