O argentino Alejandro de Tomaso nasceu em Buenos Aires e foi um visionário. Seu objetivo de fabricar carros esportivos o levou até a Itália, mais precisamente à cidade de Modena, onde fica a Ferrari. Por lá, ele fundou sua companhia no final da década de 50. O sonho começava a tomar forma.
Como símbolo de força da De Tomaso
escolheu um logotipo que mesclava duas paixões. De um lado a ferramenta usada para domesticar os cavalos em sua estância sul-americana. Do outro, as cores – duas listras azuis e uma branca – remetem ao orgulho de ser argentino e que ficaria imortalizado no mundo todo.
Nessa matéria vou contar a história de outro carro da empresa: o Longchamp. Nunca ouviu falar dele por aqui? O motivo é bem simples. Só existem dois exemplares do modelo no país. Isso mesmo. O charmoso italiano é uma raridade difícil de ser vista em encontros e muito menos andando pela rua.
A trajetória desse mito começou nos anos 70. Ele foi apresentado oficialmente à imprensa e ao público no Salão de Turim. A silhueta esportiva e ao mesmo tempo conservadora foi fruto do trabalho do estúdio Ghia , através de uma equipe chefiada por Tom Tjaarda. O nome Longchamp se refere a um famoso hipódromo francês, nos arredores de Paris.
A primeira coisa que se nota é o seu estilo “quadradão”. O Longchamp 1975, como é um europeu com motor norte-americano, consegue mesclar – com perfeição – o melhor desses dois mundos e mercados distintos. Uma curiosidade merece observação: as lanternas traseiras são extamente as mesmas do Pantera.
Logo após a partida, o motor V8 ronrona de um jeito todo especial. O modelo é equipado com um bloco 351 V8 , com kit stroker e 378 cv de força. Toda essa potência é suficiente para levá-lo próximo da velocidade máxima de 240 km/h. Mas nada de pressa. Percebi que o clássico também gosta de uma tocada mais tranqüila, para sentir todo o torque do propulsor.
Eu não poderia encerrar o texto sem mencionar que a produção total do Longchamp
foi inferior a quinhentas unidades (409 para ser mais exato). Realmente uma raridade. Isso por si só, somado ao estilo clássico italiano, lhe confere um lugar na galeria das grandes máquinas automotivas. Até a próxima!