Jeep Compass na estrada: comportamento exemplar e boa avaliação masculina e feminina
Sergio Quintanilha
Jeep Compass na estrada: comportamento exemplar e boa avaliação masculina e feminina

O Jeep Compass está muito além de ser um carro “modinha”. Ele é mais do que isso. É desejado por muitos brasileiros que sonham com um carro alto, bonito, moderno, seguro e com bom custo/benefício. O Compass não é perfeito nem barato. Poderia ter um motor mais forte e aquela versão de R$ 99.990 só existiu para ganhar o prêmio de uma revista especializada. Meses depois sumiu. O preço de entrada agora é R$ 109.990.

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No final do ano passado, pedi ao site Mercado Livre uma pesquisa exclusiva sobre o comportamento dos carros mais procurados pelos brasileiros. A pesquisa ficou pronta e aponta o Jeep Compass com um impressionante crescimento de 295% no segundo semestre, em relação à primeira metade do ano passado. Com isso, ele passou a ser o décimo carro mais acessado nas buscas eletrônicas.

Jeep Compass Sport, o mais barato: R$ 109.990
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Jeep Compass Sport, o mais barato: R$ 109.990

O Jeep Compass conseguiu o que seu irmão Renegade não conseguiu: derrotar o adorado Honda HR-V do posto de SUV mais vendido do Brasil. Segundo a Fenabrave, o Compass terminou a temporada passada com 49.187 licenciamentos, contra 47.775 do HR-V. Dessas vendas, o Compass obteve 31.009 por meio das concessionárias. Todo o restante foram vendas diretas para frotistas, o que demonstra o interesse das locadoras de automóveis em ter o Jeep disponível para seus clientes. O HR-V continua sendo o preferido no varejo, com 42.693 emplacamentos.

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Compass Night Eagle, o mais “bandido”: duas versões, Flex (R$ 122.990) e Diesel (150.490)
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Compass Night Eagle, o mais “bandido”: duas versões, Flex (R$ 122.990) e Diesel (150.490)

Faz sentido. Por ser caro para o padrão dos salários aqui no Brasil, o Compass é mais desejado do que comprado. Se fosse mais barato, venderia muito mais. Assim, quem não pode comprar o SUV médio da Jeep, pelo menos tem a chance de dirigi-lo quando viaja de férias. Daí que todo mundo procura esse carro e as locadoras vão atrás da FCA (Fiat Chrysler Automobiles) para comprá-lo. Mesmo não sendo barato, seu custo/benefício é bom para quem tem bala para comprá-lo.

Salvando a casa da FCA

Jeep Compass Longitude Flex, o mais racional: R$ 118.990
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Jeep Compass Longitude Flex, o mais racional: R$ 118.990

O Jeep Compass é estrategicamente importantíssimo para a FCA. Quando ele nasceu, os executivos da marca disseram que o objetivo era muito claro: ser líder da venda de SUVs em toda a América Latina. A dobradinha Renegade/Compass mostrou que isso era muito mais do que um sonho, e sim um objetivo alcançável. Porém, a importância do Jeep Compass vai muito além do Brasil ou da América Latina.

Jeep Compass Limited Flex, o mais sofisticado : R$ 164.490
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Jeep Compass Limited Flex, o mais sofisticado : R$ 164.490

Esta semana, durante o Salão de Detroit, o CEO da marca, Sergio Marchionne, desmentiu todos os boatos de que a Jeep esteja à venda. Ou que a FCA quer um parceiro para continuar sobrevivendo. Claro! Marchionne não é bobo. Por que ele venderia justamente a Jeep, que é a joia da coroa da FCA? O potencial de vendas do Compass nos mercados que compram SUVs médios é muito maior do que parecia.

Quanto à desistência de fazer uma parceria, talvez Marchionne esteja apenas despistando. Ele quer, sim, ter uma associação estratégica para ficar mais forte no mercado global. E essa parceria virá obrigatoriamente da Ásia (pode considerar aí a China, a Coreia e até o Japão).

Uma viagem de Compass

Jeep Compass Limited 4x4 Diesel, o mais exclusivo: R$ 164.490
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Jeep Compass Limited 4x4 Diesel, o mais exclusivo: R$ 164.490

Quando o Jeep Compass foi lançado, fiz uma viagem de família com ele entre São Paulo e Monte Verde (MG). Dividi o volante com minha mulher e, assim como eu, ela rapidamente gostou das atribuições do carro. Afinal, o Compass tinha todas as boas características do Renegade (estilo, robustez, suspensão e segurança) e mais duas vantagens: porta-malas de 410 litros (contra 260) e motor 2.0 flex de 166 cavalos (contra 1.8 de 132 cv). O motor a diesel é o mesmo: 2.0 de 170 cv.

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A sogra, o cachorro, os gatos e o papagaio não foram nessa viagem. Mas caberiam. E o sogro – que é mineiro – também. Mas vamos ao carro. O Compass tem um navegador por GPS muito bom. Nem precisei usar Waze ou Google Maps. Já na saída ele me ofereceu três opções de caminho: o mais rápido, o mais curto e o mais econômico. Mesmo com o navegador ligado, pudemos utilizar tranquilamente o sistema bluetooth para ouvir nossas músicas preferidas por streaming de áudio. Foi uma viagem bem tranquila, pois os bancos são confortáveis, a posição de dirigir é alta, o ar-condicionado digital tem duas zonas e o câmbio automático de nove marchas contribui para um nível de ruído surpreendentemente baixo.

Jeep Compass Trailhawk 4x4 Diesel, o mais valente: R$ 165.990
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Jeep Compass Trailhawk 4x4 Diesel, o mais valente: R$ 165.990

Cristiane “descobriu” um compartimento escondido debaixo do banco do passageiro. Dá para guardar bolsa ou alguma coisa que não se quer deixar à vista. Ela reclamou, entretanto, do tamanho dos porta-trecos do console. Eu dirigi na estrada e ela na cidade. Segue então o depoimento feminino: “O carro é alto, mas não exagerado, então é fácil de dirigir e de estacionar. O volante e os bancos são bem macios. Também achei o motor muito silencioso e gostei do painel que mostrava a velocidade em números grandes. Sem contar que coube tudo no porta-malas!”

Nas subidas íngremes em piso de terra com pedras soltas, muito comuns em Monte Verde, bastou apertar o botão “4Lock”, que bloqueia a tração 4×4, para que o Compass desse um show em todos os outros carros que se arrastavam na rua. Na chuva, o sistema 4×4 também deu mais segurança. Entretanto, esse sistema só está disponível nas versões a diesel.

Rodamos 405 km com o Jeep Compass Trailhaw 4×4. No total, ele fez 11,5 km/l de diesel. No consumo só de estrada, a marca foi melhor: 13,3 km/l. Tudo isso mostra por que o Compass se tornou o carro mais desejado do Brasil. No futuro, quem sabe não ganha também o motor 2.4.

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