Fala, galera. Beleza? Vez ou outra eu me pergunto se sou apenas eu ou há outros viciados em mobilidade elétrica . Fico feliz por observar em cada evento que participo que o bando de loucos cresce de forma expressiva.
A prova disso é o sucesso do VE Latino-americano 2022 , que aconteceu no Expo Center Norte , em São Paulo, nos dias 1º, 02 e 03 de setembro. As principais marcas do mercado da mobilidade elétrica estavam presentes com o objetivo de mostrar a força do mercado.
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Lógico que Tupinambá , Shell e Raízen não poderiam ficar de fora. A presença das marcas aconteceu em um stand dividido em três partes que permitiu apresentar de forma individualizada a participação de cada empresa em meio à mobilidade elétrica e ao mesmo tempo demonstrar sinergia entre as partes.
Mas, na minha opinião, tão importante quanto as marcas é a presença das pessoas . Afinal uma empresa é a concretização de ideias que brotam em cabeças pensantes. E cabeças pensantes foi o que não faltou durante plenárias e palestras no C-MOVE — congresso com atuação em conjunto com o VE Latino-Americano .
Infelizmente não pude participar do congresso e dos dois primeiros dias de feira. Entretanto, para entusiastas como eu, o último dia é a cereja do bolo. Acontece que no começo todos estão focados na finalização dos stands e depois no atendimento ao público corporativo , fechar parcerias e viabilização de negócios.
O último dia é o momento de conversar com curiosos, trocar conhecimentos e jogar conversa fora. Parece improdutivo, mas é assim que surgem parcerias de verdade
, parcerias muito além de acordos e contratos.
Buscar o lucro e a segurança jurídica não é nenhum pecado. Pelo contrário, isso garante a continuidade de negócios. Entretanto, serviços e produtos surgem de discussões e conversas sobre a experiência do cliente. O salão não deve existir com o fim de simplesmente fechar negócios. Essas parcerias sempre devem gerar um valor agregado ao real alvo de todo o esforço de uma empresa: o usuário.
Então, como dizer que uma roda de conversa é improdutiva? Em papos descontraídos em que cada um traz sua visão de futuro e dores com muitos menos preocupação com protocolos e acordos corporativos.
Ainda mais falando de algo tão disruptivo quanto a mobilidade elétrica. Lembrem-se que o tema é algo tão amplo que mesmo aqueles resistentes a adotar a tecnologia também serão beneficiados. Como podemos pensar a mobilidade como um simples negócio?
Durante a feira um parceiro me perguntou como argumentar com um cliente que tem duas opções de serviço para instalar em seu comércio: um ponto de recarga ou serviço de lavagem. Eu respondi para ele:
"Talvez esse cliente não esteja tendo a visão macro do negócio. Com um serviço de lavagem, o cliente irá talvez uma vez por mês, no máximo uma vez por semana, mas com um ponto de recarga, o mesmo cliente poderá ir pelo menos uma vez por semana, talvez até todo dia com tendência de consumir na loja de conveniência."
Outro dado importante é que o ponto de recarga atrairia pessoas que talvez nunca tenham a ideia de parar naquele comércio se não fosse pelo ponto de carregamento, principalmente se esse negócio for um posto de combustível .
Esse foi um exemplo de diálogo que surgiu no último dia de VE Latino-americano. Papos descontraídos com pessoas conhecidas e desconhecidas geram produtos, serviços, soluções e até perguntas nunca feitas antes. Não tem como não curtir cada minuto de boas conversas com pessoas que buscam o mesmo objetivo, que neste caso é algo ainda tão nobre como a construção da mobilidade elétrica no país com a cara do brasileiro.
Ainda falando em clientes, no último dia é possível conhecer serviços e soluções que agreguem ainda mais valor sem aquela pressa que os dias com muito movimento impõe a todos os expositores. Pude testar, conhecer, conversar, trocar contatos e até me informar melhor sobre produtos que só aconteceriam com trocas de agendas e reuniões. Nada como uma boa conversa sem compromisso.
Se você perdeu a oportunidade de participar, sinto muito. Mas fique ligado para outras oportunidades. Aproveite cada uma.
Então, meu caro leitor, deixo uma pergunta e uma reflexão: Você já parou para ter um belo papo furado essa semana?
Até mais!