Ford Territory: novo SUV médio tem uma série de qualidades, mas nçao terá vida fácil no segmento no Brasil
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Ford Territory: novo SUV médio tem uma série de qualidades, mas nçao terá vida fácil no segmento no Brasil

A Ford aposta no sucesso do novo SUV médio Territory diante dos fortes rivais no terreno dominado pelo Jeep Compass, mas que em 2021 terá uma nova leva de lançamentos. Entre as novidades estarão modelos como VW Tarek, Fiat Fastback, Chevrolet Equinox renovado, entre outros. A briga será acirrada. Mas será que o Ford vai conseguir superar a concorrência?

Vamos começar pelo preço. O Ford Territory estreia no Brasil nas versões SEL (R$ 165.900) e Titanium (R$ 187.900). Quem achou que o fato do carro vir da China iria implicar em valores abaixo dos principais rivais acabou se enganando.

O Jeep Compass Longitude sai por R$ 139.690 e o Limited por R$ 159.690, ambos 2.0 flex, da linha 2021. No caso do VW Tiguan, o carro parte de R$ 142.590, sobe para R$ 169.990 na versão Comfortline, de 7 lugares e rodas de aro 18 e chega nos R$ 206.550 na topo de linha R-Line, com motor de 220 cv.

Não resta dúvida de que a Ford preparou um pacote de equipamentos interessante para o Territory no Brasil. No caso da versão Titanium, entre os destaques, há frenagem autônoma ao detectar iminência de colisão, câmera de 360° até 20 km/h, carregador de celular por indução, Apple Car Play sem fio, comandos de voz e algumas funções controladas e monitoradas por aplicativo no celular.

Além disso, há vários outros itens como banco do motorista com aquecimento e refrigeração e ajustes elétricos em 10 posições, bem como teto solar panorâmico, luz ambiente configurável em 7 cores, alerta de mudança de faixa, sistema de som com 8 alto-falantes e rodas de aro 18 montadas em pneus 235/50R apenas para citar os principais itens de série. Mas faltou a tampa traseira que abre e fecha automaticamente, que vem no Compass Limited .

O acabamento da versão Titanium, à qual a reportagem de iG Carros teve acesso, também agradou, com revestimento de couro e um revestimento no painel que lembra bem madeira polida. O espaço interno é outro ponto positivo do carro, com 2,71 metros de entre-eixos, maior que os 2,63m do Compass, mas menor que os 2,79 m do Tiguan. Na briga dos porta-malas, o Tiguan de 5 lugares fica bem na frente, como 686 litros, ante 420 litros do Territory e 410 litros do Compass.

Ainda no interior do Territory, outros detalhes chamam atenção. O sistema de câmera é acionado toda vez que o carro estiver até 20 km/h, mas é possível desativar essa função. As imagens aparecem na tela de 10,1 polegadas e em vários ângulos, se assim o motorista desejar. Parado no semáforo, com o pisca da esquerda ligado, apareceu uma imagem do carro até com a lanterna piscando, o que me pareceu um certo exagero.

Mais detalhes do Ford Territory

Interior vem com tela de 10,1 polegadas, luz ambiente configurável e bom acabamento entre os principais atrativos
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Interior vem com tela de 10,1 polegadas, luz ambiente configurável e bom acabamento entre os principais atrativos

O sistema multimídia, porém, é um pouco confuso e exige um tempo para se familiarizar com suas funções. A tela pode ser dividida em quatro e, por meio dela, também é controlado o sistema de climatização, entre diversas outras funções. O cluster também é configurável e, no modo esportivo, velocímetro e contagiros ficam estranhamente inclinados. Ainda bem que dá para voltar para selecionar a opção clássica, com ponteiros.

Outros dois pontos que merecem destaque fica por conta do botão de partida no lado esquerdo ao invés do direito e o comando bem pequeno do volume do som que fica no volante multifuncional. De resto, a visibilidade é boa inclusive a proporcionada pelos retrovisores, que são eletricamente rebatíveis para facilitar as manobras em espaços apertados, uma vez que o carro tem 1,93 m de largura sem os espelhos.

O motor 1.5 turbo, me pareceu o principal destaque do conjunto mecânico. Rende 150 cv e bons 22,9 kgfm de torque entre 1.500 rpm e 4.000 rpm e funciona com câmbio automático, do tipo CVT, que simula 8 marchas. Não é de hoje que esse tipo de sistema está mais voltado para a redução de consumo e conforto do que para o desempenho, mas o SUV se mostrou alguma agilidade no dia a dia, embora não tenha uma relação peso e potência das mais favoráveis (10,9 kg/cv ante 10,7 kg/cv do Tiguan e 9,3 kg/cv do Compass).

Na parte estrutural, o acerto da suspensão recebeu novas buchas e amortecedores, o que deu resultado. O carro absorve bem as irregularidades do piso e se mostrou firme nas curvas, transmitindo segurança. Há que se elogiar também o isolamento acústico, uma vez que o nível de ruiído se manteve sempre em níveis cililizados. Entretanto, o Ford Territory não terá vida fácil no mercado, principalmente a partir do ano que vem.


Ficha técnica

Preço: a partir de R$ 187.900 (Titanium)

Motor: 1.5, três quatro, turbo, gasolina

Potência (cv): 180 cv a 5.300 rpm

Torque (kgfm): 22,9 entre 1.500 rpm e 4.000 rpm

Transmissão: Automático, CVT, simula 8 marchas, tração dianteira

Suspensão:Independente (dianteira) / multibraço (traseira)

Freios: Discos ventilados na dianteira e na traseira

Pneus: 235/50 R18

Dimensões: 4,58 m (comprimento) / 1,94 m (largura) / 1,67 m (altura), 2,72 m (entre-eixos)

Tanque : 52 litros

0 a 100 km/h: 11,8 segundos

Vel. Max: 180 km/h

Consumo: 9,2 km/l na cidade e 10 km/l na estrada, com gasolina

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