O Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores 2023 (IPVA) encareceu 10,77% em relação ao ano estado de São Paulo. Se os proprietários de veículos convencionais já estão reclamando, imagine só o que não passa pela cabeça daqueles que têm um carrão quase que único.
É o caso dos proprietários do Porsche 918 Spyder 2015. O superesportivo tem alíquota de R$ 577.921, valor que corresponde a 3% do preço de avaliação do carro. Há apenas duas unidades do modelo registradas no estado de São Paulo.
Tamanha fortuna é suficiente para comprar mais de sete Hyundai HB20 1.0, o carro mais vendido do Brasil em novembro, segundo dados da Fenabrave.
De acordo com dados divulgados pela Secretaria de Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo, o valor venal do Porsche é de nada humildes R$ 14.448.039.
Se for paga de uma vez só, a alíquota pode ter desconto de 3%, abatimento que corresponde a R$ 17.337,63, desde que seja em janeiro. Ainda é possível dividir o valor em três a cinco parcelas.
O mais curioso é que esse carro é um bom negócio não apenas pelo que ele é, mas também como investimento, dado que foram feitas menos de 1 mil unidades. Como é raro, o 918 Spyder tende a se valorizar no Brasil e, claro, no mercado internacional.
Como é o Porsche 918 Spyder
O Porsche 918 Spyder foi produzido entre 2013 e 2015 e logo se destacou como um concorrente de peso para outros super carros da era, incluindo aí a LaFerrari.
Para se destacar em um segmento que espera nada menos que a perfeição, o Porsche apelou para um conjunto formado por motor a gasolina e outros dois propulsores elétricos.
O V8 4.6 entrega sozinho 608 cv de potência, cavalaria que é expandida pelos 129 cv gerados motor elétrico frontal e 156 cv do traseiro. Estamos falando de 887 cv totais.
Como se trata de um híbrido plug-in, o 918 pode ser recarregado na tomada. No modo elétrico, o carro pode rodar até 29 km somente na eletricidade, desde que não passe de 150 km/h.
O desempenho é extraordinário, com aceleração de zero a 100 km/h em 2,8 segundos e velocidade máxima de 340 km/h. Rápido, mas não o suficiente para fugir do IPVA.