A Ford está disposta a mudar a vida do Territory no Brasil. A nova geração do SUV médio manteve o nome do anterior, mas chega com outra expectativa de mercado: a de se tornar um concorrente de peso do Jeep Compass e do Commander .
A começar pelo preço de R$ 209.990, patamar bem inferior ao do Jeep Compass. O concorrente direto custa R$ 238.590 na versão S, a concorrente direta do Territory Titanium.
Totalmente revisado, o estilo é bem mais agressivo do que o do seu antecessor. A dianteira é marcada pelo conjunto de faróis em duas partes, ambas de LEDs. Projetada para a frente, a grade tem elementos que lembram elos cortados. Os para-lamas bem destacados ajudam a dar uma sensação de robustez, enquanto a linha dos vidros cromada garante o visual à americana do SUV, não se afastando muito do cruzamento de cromados e do recorte do teto apresentado pelo Compass. A traseira exibe lanternas horizontais de LEDs tridimensionais.
Na prática, os representantes da marca esperam que o Territory seja uma opção para aqueles que desejam um Commander, mas que não precisam dos sete lugares oferecidos pelo Jeep.
Em valores, o Commander Longitude T270 sai por R$ 232.290, valor que salta para R$ 249.190 na versão intermediária Limited.
O motor 1.5 turbo a gasolina foi renovado e entrega 169 cv a 5.500 rpm e 25,5 kgfm de torque entre 1.500 e 3.500 giros. Já o câmbio é automático de dupla embreagem banhada a óleo e sete marchas - o Territory antigo usava CVT. A tração é sempre dianteira. A versão antiga do motor operava no ciclo Atkinson, mais econômico, enquanto a nova segue o padrão Otto, o mais comum. Antes, o propulsor gerava 150 cv e 22,9 kgfm, ou seja, bem menos.
Ambos rivais diretos têm motor 1.3 turbo flex de 185/180 cv a 5.750 rpm e 27,5 kgfm de torque a 1.750 rpm (etanol/gasolina), câmbio automático convencional de seis marchas e tração dianteira.
De acordo com a Ford, o conjunto leva o SUV de zero a 100 km/h em 10,3 segundos. Já o consumo é de 9,5 km/l na cidade e 11,8 km/l na estrada, ainda segundo o fabricante.
Quanto ao tamanho, o Territory tem 4,63 metros de comprimento, 2,72 m de entre-eixos, 1,93 m de largura e 1,70 m de altura. Por sua vez, o porta-malas leva 448 litros. Já a geração anterior tinha 4,58 m, 2,71 m e ínfimos 348 l de volume no compartimento de bagagens, cerca de 30 litros a mais que um Renault Sandero, pouco para um SUV médio.
E em relação aos rivais? Para você ter uma ideia, o Compass tem 4,40 m de comprimento, 2,63 m de entre-eixos e 410 l, números bem inferiores aos do Territory. Já o Commander mede 4,77 m, 2,79 m e 661 l (sem o uso da terceira fileira) nas mesmas medidas.
A lista de itens de série inclui ar-condicionado digital de duas zonas, controle de cruzeiro adaptativo, painel digital de 12,3 polegadas, central multimídia com tela de mesmo tamanho, conexão sem fio com Apple CarPlay e Android Auto, carregador de smartphone por indução, bancos dianteiros ventilados com ajustes elétricos para o motorista (dez posições) e carona (quatro opções), revestimentos de couro, teto solar panorâmico, freio de serviço eletrônico com auto hold, tampa do porta-malas com abertura sem mãos e com ângulo ajustável e rodas de liga leve aro 19.
Na parte de segurança, há frenagem automática de emergência (não há detecção de pedestres, algo que o Territory tem em outros mercados e que também está nos rivais), aviso de colisão, câmera 360 graus, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, monitoramento de ponto cego e assistente de permanência e troca de faixa, além dos esperados seis airbags e controles de tração e de estabilidade - com hill holder. Também não vem com o sistema semiautônomo de estacionamento, outro equipamento oferecido no modelo estrangeiro.
Importado da China como o antecessor, o novo Territory será trazido em lotes mensais, o que já prova que o objetivo de mercado é ser um concorrente contínuo dos modelos da Jeep e outros SUVs médios bem vendidos.