A disparada dos preços dos combustíveis está impulsionando cada vez mais pessoas a optar pelas motocicletas. Segundo a Abraciclo, a quantidade de pessoas com Carteira Nacional de Habilitação (CNH) tipo A, necessária para conduzir motos, subiu de 25 milhões para 37 milhões entre 2013 e 2023, ou seja, um aumento de 48%.
Esse aumento se deve à economia dos veículos sob duas rodas em comparação aos carros. Com a gasolina subindo 7,11% nas refinarias, como anunciado pelo governo no início deste mês, o custo-benefício das motos em relação aos carros se torna cada vez mais atraente.
Além disso, a agilidade das motos no trânsito também é um fator importante. Elas podem trafegar nos corredores entre os carros, conforme permitido pela legislação, reduzindo o tempo de descolar de um lugar para o outro.
Vamos usar como exemplo a Honda CG 160, a moto mais vendida do Brasil, e o Renault Kwid 1.0 aspirado , o carro mais econômico do país. Os cálculos dos dados foram feitos pela Honda Blokton.
Honda CG 160
Para encher o tanque da Honda CG 160 com gasolina, o custo é de R$ 100, considerando o preço médio em Curitiba (PR), que é de R$ 6,19 por litro. Com o tanque cheio, a moto percorre cerca de 660 km, com uma média de 41 km/l em um cenário de cidade e estrada.
Com etanol, o custo para encher o tanque é de R$ 67, com o preço do etanol em Curitiba a R$ 4,29 por litro. A autonomia com etanol é de 564 km, pois a moto faz em média 35 km/l, segundo a Honda.
Renault Kwid
Para percorrer os mesmos 660 km que a CG 160, o motorista do Renault Kwid precisaria gastar R$ 270,00 para encher o tanque com gasolina, levando em consideração que o carro faz 15,5 km/l, segundo o Inmetro. Já com etanol, o custo seria de R$ 223,00 para trafegar os mesmos 564 km, com uma média de 10,9 km/l.
Para uma comparação ainda mais justa, a Honda Pop 110i, a moto mais econômica do Brasil, faz 60 km/l com gasolina. Com um tanque cheio de R$ 69,00, ela consegue rodar 660 km, mostrando ser ainda mais eficiente e econômica.