Agora na sua melhor forma, o Peugeot 208 está em condições de ocupar um lugar de destaque na lista dos modelos mais vendidos no segmento. Depois de ter avaliado rapidamente a versão Allure 1.2 Flex durante o lançamento, no mês passado, passei alguns dias com o carro e consegui tirar algumas conclusões.

A principal delas é que a economia de combustível é mesmo um dos pontos fortes do 208 1.2 Flex . Mesmo pegando apenas trânsito pesado e com ar-condicionado ligado, o computador de bordo marcou uma media de 9,3 km/l com apenas etanol do tanque. Nada mau. O motor 1.2, por enquanto importado da França, é moderno e eficiente, com paredes dos cilindros de atrito reduzido, duplo comando no cabeçote, variadores de fase e peças de materais leves e resistentes.

Com isso, no dia a dia, os 90 cv com etanol  e os 12.95 kgfm a 2.750 rpm foram suficientes para enfrentar o dia a dia com certa agilidade. Pode acelerar que o contagiros chega logo nos 5.000 rpm numa pisada mais forte no pedal da direita. E o motor mostra níveis de vibração e ruído civilizados, garantindo fôlego razoável para ultrapassagens. As relações de marcha estão bem escalonadas, mas os engates nem sempre são precisos, principalmente nas reduções para segunda e a marcha à ré.

Além disso, a posicão de  dirigir requer um tempo de adaptação. O cluster em posição mais alta que o convencional acaba ocultando parte da marcação inferior direita do contagiros e do velocímetro dependendo da regulagem da altura do volante. Mas, no cômputo geral, é interessante e dá um tom esportivo e ousado ao carro. Além disso, os marcadores de temperatura e do nível de combustível de LED dão um toque de sofisticação e cumprem bem seus papéis.

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Divulgação

Peugeot 208 1.2 Pure Flex Allure

Na linha 2017, finalmente a Peugeot acertou o sistema multimídia, com  tela de 7 polegadas no meio do painel.  Qualquer celular se conecta facilmente ao sistema via Bluetooth, mas o espelhamento funciona apenas para os aparelhos mais sofisticados (Samsung  Galaxy S5 em diante e a partir do iPhone 5).

Na lista de equipamentos, o 208 Allure 1.2 Pure Flex já vem com  ar-condicionado digital com regulagem de meio em meio grau, detalhes cromados, vidros elétricos traseiros, faróis diurnos com LED, controlador de velocidade de cruzeiro (“piloto automático”), teto solar panorâmico e sensores de estacionamento, câmera de ré, sensores de chuva e crepuscular, computador de bordo com três modos de operação e nove funções entre os principais equipamentos.

O que também conta pontos a favor do 208 é o bom espaço interno, favorecido pela distância entre-eixos de 2,54 metros ( apenas 7 centímetros a menos que o do 308). Faltou somente um pouco de altura para a cabeça dos passageiros de maior estatura que forem no banco traseiro, mas não há do que reclamar na hora de acomodar as pernas. O porta-malas de 285 litros não chega a comportar a bagagem de uma família de quatro pessoas, mas é suficiente para levar as malas de um casal com certa folga.

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Com o conjunto mais adequado para se tornar competitivo combinado à lista de equipamentos caprichada, o 208 começa a chegar às lojas com maior apelo que já teve desde que começou a ser vendido no Brasil, em março de 2013. Os preços das versões com o novo motor 1.2 começam em R$ 48.190, passam por R$ 51.690 no caso da Active Pack e chega nos R$ 54.990 no Allure, como a unidade avaliada. 

Ficha técnica

Motor: 1.2, flex,  3 cilindros                                    Comprimento:  3,98 m

Potência: 90 cv a 5.750 rpm                                  Largura:  1,70 m 

Torque: 13 kgfm a 2.750 rpm                                 Altura:  1,47 m    

Câmbio: Manual, 5 marchas, tração dianteira       Entre-eixos:   2,54 m

Peso: 1.073 kg                                                       Porta-malas: 285 litros

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