Sem novidades no desenho desde o final de 2013, o Volvo XC60 passa a ter versão a diesel no Brasil. E lá fomos nós avaliar a novidade que tem preço sugerido de R$ 215.950, o que é um pouco menos que o que cobram os principais concorrentes, como Land Rover Discovery Sport 2.2 TD (R$ 235.896) e Toyota Hilux SW4 (R$ 232.400). Portanto, a relação entre custo e benefício do sueco é um dos pontos interessantes do carro que deve ter a próxima geração lançada no ano que vem, mas que pode chegar ao Brasil apenas em 2018.
Já avaliei outras versões do Volvo XC60 desde que apareceu no Brasil, no início de 2009, sempre com motores a gasolina. Agora, com o diesel, o carro parece ter encontrado a sua melhor forma. Isso por causa de uma combinação de fatores que começam com o menor consumo do motor D5 . Com ele, o SUV faz uma média de 9,5 km/l na cidade e 12,5 km/l na estrada, de acordo com os dados do Inmetro. Como já está precisando perder peso, o já veterano modelo da Volvo ganha bastante autonomia bebendo apenas diesel. Considerando o tanque de 70 litros, pode rodar mais de 860 quilômetros sem precisar abastecer, rodando apenas em trechos rodoviários.
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Além disso, como o motor D5 tem boa dose de força em baixa rotação (44,2 kgfm a meros 1.500 rpm), consegue vencer a inércia com mais facilidade, tornando o XC60 mais ágil tanto nas acelerações quanto nas retomadas. Com cinco cilindros, 2.4 litros de cilindrada e turbina com geometria variável, o motor funciona bem com o câmbio automático de seis marchas com relações longas, mas que podia ter menor espaçamento entre uma marcha e outra, o que acontece com o de oito da versão D4 , disponível na Europa.
Mais detalhes sobre como anda o XC60 D5
Em se tratando de um modelo a diesel, os níveis de ruído e de vibração preocupam. Nesse ultimo quesito, não há nenhuma observação. Pode acelerar que o carro não vibra de jeito nenhum. Nem dá para sentir qualquer vibração nem no volante, pedais, bancos, painel, nada. Mas, embora o isolamento acústico seja bom, o ronco do D5 passa a ficar bem mais evidente acima dos 3.000 rpm. Contudo, dá para manter entre 1.500 rpm e 2.500 rpm a maior parte do tempo, pelo menos na cidade.
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Com isso, as hastes para trocas sequenciais no volante nunca foram tão dispensáveis. já que o câmbio em Drive já faz o trabalho de manter o motor no nível mais baixo de rotação possível. Portanto, não adianta muito ficar forçando trocas em regimes de rotacão mais elevados pelas hastes. De qualquer forma, o XC60 D5 tem bom fôlego, movendo dos 1.903 kg de peso de 0 a 100 km/h em bons 8,2 segundos, com maxima de 210 km/h, conforme os números da fabricante.
Assim como em outras versões do XC60 , a direção com assistência eletro-hidráulica é um pouco mais anestesiada do que deveria, o que exige certa cautela numa tocada mais animada por não transmitir com clareza o que acontece entre os borrachudos pneus 235/60R 18 e o asfalto. E o volante grande também dificulta ficar mudando de direção de um lado para outro se as curvas forem acentuadas. Por isso, o melhor é não se empolgar muito e dirigir com mais cuidado.
Bom é que a tração é integral no XC60 D5 e não apenas na dianteira, como nas versões a gasoline Drive-E. Com isso,principalmente em pisos escorregadios, o carro ganha melhor aderência. Em condições normais, 5% da força vai para o eixo dianteiro e 95% para o traseiro, mas como o sistema trabalha sob demanda, pode transferir até 50% da tração para cada eixo.
Como manda a tradição da Volvo, a parte de itens de segurança está entre os pontos fortes do carro, que vem com airbags laterais, frontais e de cortina, além de controle eletrônico de estabilide uma série de outros dispositivos. Destaque também para o GPS, que vem de série deste a versão mais em conta a Kinetic, como a avaliada. E para o sistema de som com oito alto-falantes, de alta-fidelidade. Quem tem criança pequena vai gostar das ancoragens ISOFIX para cadeiras infantis e do assento elevatório, do lado traseiro direito.
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Apesar de já estar próximo de mudar de geracão na Europa, o XC60 a diesel passa a ser uma das opções mais interessantes do mercado no Brasil pela relação entre custo e benefício. Seguro, com melhor autonomia e bem equipado, o carro deve dar trabalho aos concorrentes.
Ficha Técnica
Preço: R$ 215.950 (versão Kinetic)
Motor: 2.4, quatro cilindros, turbodiesel
Potência: 220 cv a 4.000 rpm
Torque: 44,9 kgfm a 1.500 rpm
Transmissão: Automático, seis marchas, tração integral
Suspensão:Independente (dianteira) / multibraço (traseira)
Freios: Discos ventilados na dianteira e na traseira
Pneus: 235/60 R18
Dimensões: 4,64 m (comprimento) / 1,89 m (largura) / 1,71 m (altura), 2,77 m (entre-eixos)
Tanque : 70 litros
Consumo: 9,5 km/l (cidade) /12,4 km/l (estrada) com diesel
0 a 100 km/h: 11 segundos
Vel. Max: 176 km/h