Citroën C4 Picasso
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Citroën C4 Picasso

Pena que as minivans quase foram extintas pela invasão dos SUVs nas lojas. Depois de ter passado um final de semana com a nova Citroën C4 Picasso ( parte de R$ 110.900) ficou claro que elas continuam agradando em cheio quem tem família a partir de quatro pessoas. O conforto e o espaço interno, inclusive no porta-malas, é para deixar qualquer patroa contente, sem correr o risco de sujar a barra da calça de barro, ou ter que testar a força dos braços para colocar a bagagem no compartimento de carga.

Pois é, deu para perceber que a Citroën se especializou em fabricar minivans. Fez sucesso com a Xsara Picasso , o primeiro carro da marca fabricado no Brasil, lançado com todo glamour, no Copacabana Palace, no Rio de Janeiro, em 2001. Depois, em 2006, passou a importar o Citroën C4 Picasso da Espanha, o que não parou de fazer até hoje, dez anos depois. Nessa nova geração, a minivan vem com a nova plataforma EMP2, bem mais leve e evoluída, o que ajudou na agilidade e na eficiência do carro em todos os aspectos, seja em desempenho, ou no consumo.

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Dessa vez a marca francesa sediada em Paris, famosa por seus projetos ousados, resolver voltar a colocar as manguinhas de fora. Dá uma olhada na frente da nova C4 Picasso. Para quem está achando que os carros de hoje em dia estão ficando todos iguais é de dar um nó na cabeça, não? Parece algo de outro mundo. Os faróis com lâmpadas de xenônio estão numa posição mais baixa que o convencional e, acima deles, vão filetes de LED, como se fossem sobrancelhas. O resultado estético é impactante e, na prática, até que dá conta do recado, iluminando de maneira plausível o caminho pela frente.

O imenso para-brisa panorâmico acaba se unindo à capota translúcida, deixando o ambiente interno bem arejado e iluminado, protegido apelas por uma tela retrátil. Aliás, o que não falta é comodidade a bordo. Se de dia a iluminação natural agrada, à noite todos os cinco ocupantes contam com luzes individuais de LED. Quem vai sentado na frente tem como acionar os massageadores dos bancos, algo que tinha visto apenas em sedãs de alto luxo. Atrás, o espaço para as pernas é enorme. Ninguém viaja com aperto. E dá para configurar os assentos individuais de acordo com o gosto do freguês, inclusive, retirando-os, se for preciso.

E chega a hora de abrir o porta-malas. Mais uma boa surpresa. Assim como carros mais sofisticados (e caros), a tampa é aberta eletricamente. Basta um toque no botão na própria tampa, ou até mesmo pelo controle da chave e pronto. Ela começa a ser aberta com ajuda de motores elétricos. Para fechar, o procedimento é o mesmo. Um luxo. Além disso, o espaço no porta-malas é gigante: 537 litros, livres cantos que atrapalhem ou qualquer outro empecilho para acomodar bem a bagagem, além de bem iluminado, revestido de carpete e com fácil acesso.

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A parte da ousadia aplicada no interior do carro começa com o volante com mais de 15 botões, o que é um pouco exagerado e acaba confundindo um pouco o manuseio no dia a dia. A partir dele dá para controlar o sistema de som, o computador de bordo, o controlador de velocidade de cruzeiro ("piloto automático") e até apagar parte das telas que ficam no painel. A maior delas fica no alto e mostra velocímetro, contagiros e uma série de informações, o que inclui luzes espia e até a velocidade do ventilador do ar-condicionado. Sim, é um pouco confuso. E a menor é a do multimídia, com GPS, mas precisa ter uma resolução um pouco melhor, já que, com a luz do dia, sua nitidez fica prejudicada. Mas tudo é controlado por botões sensíveis ao toque, bem posicionados no próprio painel.

Como anda a nova minivan

Dada a partida (por botão), basta soltar o freio elétrico (outro botão no meio do painel) e engatar o Drive (por uma pequena alavanca em frente ao volante). O carro se move em silêncio e com conforto, sem as batidas secas de outras gerações da minivan da marca francesa. A maior rigidez e a leveza da plataforma EMP2 vai mostrando seus benefícios. Acelere e sinta que o motor 1.6 THP, de 165 cv e bons 24,5 kgfm de torque a meros 1.400 rpm tem força suficiente para garantir ultrapassagens ágeis e seguras, apesar do carro nçao ter nenhuma pretensão esportiva (aliás, nem há como se animar a usar as hastes atrás do volante para trocas sequenciais).

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O negócio da C4 Picasso é rodar tranquilo, com agilidade, mas sem muita pressa. As curvas são contornadas com segurança, mesmo porque há todo tipo de assistência, como controles eletrônicos de estabilidade e tração. Os freios também funcionam a contento e a visibilidade é boa, inclusive a proporcionada pelo ângulo de visão os retrovisores (que contam até com luz indicativa de veículos no ponto cego).

De acordo com a fabricante, para acelerar de 0 a 100 km/h, o carro precisa de 8,4 segundos e atinge 210 km/h de máxima. Nada mal, assim com o consumo de 8,8 km/l na cidade e de 11,1 km/l, na estrada, apenas com gasolina. Com todas as suas qualidades, o único ponto a ser observado na minivan da marca francesa é a questão do custo de manutenção, que tem preços fixos, como pode ser conferido no site da Citroën. Très bien .

Ficha Técnica

Preço: a partir de R$ 110.900

Motor: 1.6, quatro cilindros, turbo, gasolina

Potência: 165 cv a 6.000 rpm

Torque: 24,5 kgfm a  1.400 rpm

Transmissão:  Automático, seis marchas, tração dianteira

Suspensão:Independente (dianteira) / multibraço (traseira)

Freios: Discos ventilados na dianteira e sólidos na traseira

Pneus: 205/55 R17

Dimensões: 4,43 m (comprimento) / 1,83 m (largura) / 1,63 m (altura), 2,79 m (entre-eixos)

Tanque : 57 litros

Consumo: 8,8 km/l (cidade) /11,1 km/l (estrada) com gasolina

0 a 100 km/h: 8,4 segundos 

Vel. Max: 210 km/h   


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