A GM escolhe outro SUV para usar pela segunda vez a sigla Premier, que passa a identificar os modelos mais bem equipados da marca. Depois do Equinox, agora é a vez do Chevrolet Tracker ser equipado até os dentes. Mesmo assim, entre os compactos, o carro continua com boa relação entre custo benefício, principalmente quando comparado às versões topo de linha de alguns rivais. Tem preço sugerido de R$ 96.790, ante R$ 96.850 do Ford EcoSport Titanium, R$ 99.990 do Nissan Kicks SL com o pacote de tecnologia (Pack Tech) e R$ 107.900 do Honda HR-V Touring.
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Na comparação com a versão LT, a mais em conta do Chevrolet Tracker , a que vem bem recheada de equipamentos chama atenção por itens como controles eletrônicos de estabilidade (ESP) e tração, além de assistente de permanência de faixa, alerta de colisão frontal e aviso de veículos passando pelos pontos cegos por meio de uma luz nos cantos dos retrovisores. Entretanto, o sistema multimídia ainda é a primeira geração do My Link, o que foi um descuido da Chevrolet em um carro interessante.
Ainda entre os itens de série, o Tracker Premier se destaca por vir com bancos revestidos de couro, teto solar elétrico e sistema stop/start, que desliga o motor com o carro parado, tornando a ligá-lo automaticamente assim que o pedal de freio deixar de ser acionado. O que também anima é a boa eficiência do 1.4 turbo, de 153 cv e nada desprezíveis 24,5 kgfm de torque a meros 2.000 rpm. Mas, bem que o câmbio automático, de seis marchas, poderia acompanhar o mesmo nível de funcionamento do motor. Além das hastes para trocas sequenciais atrás do volante, faltou um pouco mais de agilidade.
É preciso manter certa compostura ao volante do SUV da GM, sem querer ir com muita pressa para a caixa de seis marchas não se atrapalhar com as trocas. Porém, indo devagar com o andor, o carro se mantém silencioso e confortável no dia a dia e sem gastar muito combustível. Conforme dados do Inmetro, o carro é capaz de fazer 10,6 km/l de gasolina na cidade e 11,7 km/l na estrada, mostrando que não é um dos utilitários esportivos que mais gastam, embora a estrutura pudesse ser mais leve para reduzir o peso total, de 1.413 kg, sinal de que já pede mudanças mais significativas, o que deverá ser adotado apenas na próxima geração.
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A visibilidade e a posição de dirigir também fazem parte dos principais atributos do Tracker, bem equipado e que preza pelo conforto. O problema é que existe uma certa discrepância em alguns detalhes, como o contraste dos simples freios a tambor na traseira com o sofisticado motor sobrealimentado, com injeção direta de combustível e variadores de fase tanto na admissão quanto no escape, outro sinal de que o SUV já pede mudanças. Também pode-se torcer o nariz por causa do porta-malas apertado para um carro voltado para a família. Leva apenas 306 litros, o que só não é menor que os 260 litros do Jeep Renegade, mas perde dos 356 do Ford EcoSport.
Sensação de déjà vu
O Tracker apareceu pela primeira vez no Brasil em outubro de 2013, com motor Ecotec 1.8, importado do México. Desde então, vem recebendo melhorias, como a reestilização que inclui nova frente com faróis com filetes de LED, entre outras novidades. No caso da nova versão topo de linha Premier, mesmo com o acabamento mais caprichado (o que pode ser visto por itens como as costuras aparentes dos bancos de couro,) o interior do carro quase não mudou em relação ao de quatro anos atrás. E o mostrador digital no painel é monocromático.
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Os comandos do console central, bem como as saídas de ar, volante, alavancas da coluna de direção e as laterais das portas são as mesmas do projeto original, que ainda inclui eixo de torção na traseira, uma solução de custo reduzido que não leva a reações precisas do conjunto de suspensão quando o carro estiver sendo utlizado o limite de aderência. De qualquer forma, o conjunto cumpre seu papel, garantindo certa dose de conforto, mesmo com as rodas de aro 18 montadas em pneus 215/55R.
Conclusão
Trata-se do SUV compacto topo de linha mais em conta do mercado, mas que já pede mudanças mais significativas pela idade do projeto (que já passou da metade do seu ciclo) e fica devendo mais espaço no porta-malas. Entre os destaques do Chevrolet Tracker Premier está o moderno motor 1.4 turbo, com injeção direta de combustível, o que ajuda a reduzir o consumo e garantir um desempenho aceitável.
Ficha técnica - Chevrolet Tracker 1.4 Turbo Premier
Preço: a partir de R$ 96.790
Motor: 1.4, turbo, quatro cilindros, flex
Potência: 153 cv a 5.200 rpm
Torque: 24,5 kgfm a 2.000 rpm
Transmissão: Automático, 6 marchas, tração dianteira
Suspensão:Independente (dianteira) e eixo de torção (traseira)
Freios: Discos ventilados na dianteira e sólidos na traseira
Pneus: 215/55 R18 (LTZ)
Dimensões: 4,26 m (comprimento) / 1,77 m (largura) / 1,68 m (altura), 2,56 m (entre-eixos)
Tanque : 53 litros
0 a 100 km/h: 9,4 segundos
Vel. Max: 198 km/h
Porta-malas: 306 litros
Consumo (E/G): 7,3 km/l / 10,6 km/l (cidade) e 8,2 km/l / 11,7 km/l (estrada)