Jeep Renegade: versão mais simples do SUV mostrou que tem conjunto bem acertado, mas ainda falta fôlego ao motor 1.8
Carlos Guimarães/ iG
Jeep Renegade: versão mais simples do SUV mostrou que tem conjunto bem acertado, mas ainda falta fôlego ao motor 1.8

O Jeep Renegade deverá receber retoques no desenho entre o fim de 2019 e o início do ano seguinte. Mas antes de mudar a marca americana resolveu lançar novas versões e alterar os pacotes de equipamentos. No caso da versão mais em conta Custom, que tem preço sugerido de R$ 75.790, até que a lista de itens de série é interessante e não decepciona. Entre outros equipamentos, o carro vem com freio de estacionamento elétrico, banco do motorista com regulagem de altura, encosto do banco traseiro bipartido (60/40), computador de bordo, controle eletrônico de estabilidade (ESP), direção com assistência elétrica, entre outros.

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Aliás, para quem não se incomoda em ficar trocando de marcha o tempo todo, com a caixa manual, a certa falta de força do motor 1.8 E.torQ não fica tão evidente. Dá para manter o giro sempre dentro da faixa ideal para conseguir algum fôlego, ou seja, entre 3.750 rpm e cerca de 1.000 rpm abaixo disso para economizar combustível ao máximo. Inclusive, algo recomendável, já que a eficiência não é o forte desse 1.8 que veio da extinta Tritec, fabricante dos motores dos primeiros Mini Cooper da era antes da BMW. Com gasolina, segundo o Inmetro, o carro faz 10,6 km/l na cidade (ajudado pelo sistema Stop&Start de série) e 11,2 km/l na estrada.

Para-choques sem pintura e rodas de aro 16 fazem parte do pacote básico do Jeep Renegade no Brasil
Carlos Guimarães/iG
Para-choques sem pintura e rodas de aro 16 fazem parte do pacote básico do Jeep Renegade no Brasil

Enquanto o Renegade não muda e passa a ter o novo 1.3 turbo, com injeção direta, o que deverá acontecer até 2020, o 1.8 flex vai fazendo seu papel, funcionando bem com o câmbio manual de cinco marchas, com relações bem escalonadas e engates fáceis e precisos. Bom também é que capricharam até na alavanca, com manopla de alumínio anodizado. E a assistência da embreagem facilita o acionamento, aliviando o esforço no anda e para do trânsito do dia a dia. Portanto, estamos falando de um SUV agradável de dirigir, embora tenha suas limitações. Desempenho não é o forte desse Jeep, que faz de 0 a 100 km/h em apenas razoáveis 10,2 segundos e atinge 182 km/h, diz a fabricante.

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Assumindo o comando

Por dentro, bancos de tecido simples, mas volante revestido de couro e manopla de câmbio de alumínio anodizado
Carlos Guimarães/iG
Por dentro, bancos de tecido simples, mas volante revestido de couro e manopla de câmbio de alumínio anodizado

 Sabendo trocar as marchas no momento ideal, o Renegade com câmbio manual pode se sair bem no trânsito dos centros urbanos, fazendo ultrapassagens com certa facilidade. Mas, na estrada, é melhor ir devagar com o andor. Primeiro porque você vai ter que fazer constantes reduções se quiser ter alguma agildade para ultrapassagens seguras. E, depois, que o carro tem distância livre do solo relativamente alta (20 cm), elevado centro de gravidade e suspensão mais voltada para absorver as irregularidades do piso e não para conformar curvas com precisão. Se quiser um discreto impulso a mais, basta acionar a tecla “Sport” no painel, o que agilza um pouco as respostas ao comando do acelerador.

Outro ponto que chama atenção no Renegade manual é a direção com assistência elétrica, leve nas manobras e que vai aumentando um pouco de peso conforme o aumento da velocidade para transmitir mais segurança. Porém, é preciso se acostumar com todos os botões do volante de três raios, inclusive os que vão atrás dos raios, que comandam o volume do som e trocam as estações de radio ou as músicas do sistema multimídia,mais simples e com tela de apenas 5 polegadas. Entretanto, é bom lembrar que vem com GPS embutido e funciona bem com qualquer celular Android ou iOS.

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Divulgação/Fiat-Chrysler

Antes, o porta-malas do Renegade tinha 260 litros, mas com estepe temporário passou para 330 litros, uma ligeira melhora

Mas você terá que se acostumar com os bancos revestido de tecido simples e com os pedais apenas com proteções de borracha, sem muito capricho. Contudo, o volante vem revestido de couro e há molduras decoradas em partes como porta-copos e caixas de som das portas. Interessante também é o botão de abertura e fechamento das portas também do lado do passageiro da frente. E assim como em outras versões, alguns detalhes retrôs (e estilosos) estão lá, como como a alça de apoio no painel. 

A vibilidade a bordo do Renegade é boa, tanto pela área envidraçada quanto pelos retrovisores. Ponto positivo também para os freios, a disco nas quatro rodas, que sempre funcionam a contento, sem mostrar sinal de fadiga e transmindo segurança. E para tentar melhorar a questão o porta-malas apertado, que antes tinha apenas 260 litros, a Jeep resolveu oferecer estepe temporário no lugar do convencional, o que aumentou o volume de carga para 330 litros, o que ainda é pequeno, mas com alguma melhora. 

Conclusão

 O Renegade continua sendo uma opção interessante entre os SUVs compactos, com conjunto bem acertado, boa lista de itens de série e estilo que agrada. Claro que já pede mudanças, principalmente um motor mais eficiente, mas isso ainda vai levar uns dois anos para acontecer. E mesmo com um pouco mais de espaço, o porta-malas continua apertado para um SUV compacto.

Ficha Técnica

Preço:  a partir de R$ 75.790

 Motor: 1.8, quatro cilindros, flex

Potência : 139 cv (E)/135 cv (G) a 5.750 rpm

Torque: 19,3 kgfm (E) / 18,8 (G) a  3.750 rpm

Transmissão:  Manual, 5 marchas, tração dianteira

Suspensão:Independente (dianteira e traseira) 

Freios: Discos ventilados na dianteira e sólidos na traseira

Pneus: 215/65 R16 

Dimensões: 4,24 m (comprimento) / 1,79 m (largura) / 1,73 m (altura), 2,57 m (entre-eixos)

Tanque : 60 litros

Porta-malas: 330 litros 

 Consumo: 10,6 km/l (cidade) /11,2 km/l (estrada) com gasolina

0 a 100 km/h: 10,2 segundos 

Vel. Max: 182 km/h 

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